Notícia
Depois da segunda volta, virão as eleições legislativas
Agora que está dado o tiro de partida para o segundo turno das presidenciais gaulesas, as atenções centram-se já também nas eleições legislativas marcadas para o início de Junho. Ameaça de ingovernabilidade surge no horizonte.
Começam agora a contar as duas semanas que distam da realmente decisiva segunda volta. E menos de dois meses para as potencialmente ainda mais relevantes legislativas, que também se realizam em duas voltas, marcadas para 11 e 18 de Junho.
Se as sondagens estiverem certas, Macron vencerá Le Pen no dia 7 de Maio. Mas o que parece certo é que nenhum destes candidatos deverá ter a vida facilitada na relação com a futura Assembleia Nacional.
Macron não tem nenhum partido a suportá-lo e o movimento Em Marcha, lançado no ano passado e que nunca disputou eleições, dificilmente terá um grande resultado. Já a Frente Nacional de Le Pen sempre teve dificuldades nas eleições para o Parlamento, devido ao sistema de duas voltas, tendo elegido apenas dois deputados, num universo de 577, nas legislativas de 2012.
O sui generis sistema semipresidencialista gaulês estabelece que é ao presidente que cabe a escolha de um primeiro-ministro que tenha apoio maioritário do Parlamento. Mas se por norma as legislativas reproduzem os resultados das presidenciais, desta vez isso não deverá acontecer. As sondagens apontam para uma vitória d’Os Republicanos (conservadores), num Parlamento novamente partilhado com socialistas. Governar em coabitação - quando a maioria parlamentar se opõe ao presidente - será mais fácil para Macron do que seria para uma improvável presidente Le Pen, que teria de enfrentar a beligerância da chamada Frente Republicana.
Em última instância, confrontado com uma Assembleia hostil, o presidente poderá sempre dissolvê-la e agendar novas eleições. Hipótese que por si só também não confere a governabilidade desejada.
Se as sondagens estiverem certas, Macron vencerá Le Pen no dia 7 de Maio. Mas o que parece certo é que nenhum destes candidatos deverá ter a vida facilitada na relação com a futura Assembleia Nacional.
Macron não tem nenhum partido a suportá-lo e o movimento Em Marcha, lançado no ano passado e que nunca disputou eleições, dificilmente terá um grande resultado. Já a Frente Nacional de Le Pen sempre teve dificuldades nas eleições para o Parlamento, devido ao sistema de duas voltas, tendo elegido apenas dois deputados, num universo de 577, nas legislativas de 2012.
Em última instância, confrontado com uma Assembleia hostil, o presidente poderá sempre dissolvê-la e agendar novas eleições. Hipótese que por si só também não confere a governabilidade desejada.