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Abertura dos mercados: Bolsas e euro disparam e juros afundam após vitória de Macron

Os resultados da primeira volta das eleições em França está a ter impacto praticamente em todos os activos, com a Bolsa de Paris a comandar os ganhos entre as principais praças europeias.

O entusiasmo dos apoiantes de Emmanuel Macron quando foram conhecidas as primeiras projecções
Reuters
24 de Abril de 2017 às 09:17
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Os mercados em números 

PSI-20 sobe 1,81% para 4.964,63 pontos

Stoxx 600 ganha 1,81% para 384,95 pontos

Nikkei valorizou 1,37% para 18.875,88 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 8,8 pontos para 3,655%

Euro sobe 1,04% para 1,084 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,44% para 52,19 dólares o barril

 

Paris lidera fortes ganhos das bolsas europeias 

Está a ser um arranque de fortes ganhos nas bolsas europeias, com os investidores agradados com os resultados da primeira volta das eleições francesas, que apesar de colocarem Marine Le Pen na segunda volta, sugerem que a candidata de extrema-direita tem francas possibilidades de bater Macron na segunda volta de 7 de Maio.

 

Com 97% dos votos contados, o centrista Emmanuel Macron lidera a primeira volta das presidenciais francesas com quase mais 2,5 pontos percentuais do que a candidata da extrema-direita. Segundo os dados do Ministério do Interior, Macron obteve 23,86% dos votos, enquanto Le Pen conquistou 21,43%.

 

A praça de Paris comanda os ganhos nas praças europeias, com o CAC a ganhar 3,67%, a maior subida desde Agosto de 2015. O Stoxx600 valoriza perto de 2%.

 

A bolsa de Lisboa consegue acompanhar este movimento de fortes ganhos, com o PSI-20 a subir também perto de 2%, com o BCP a ganhar 3,84% para 19,47 cêntimos e os restantes pesos pesados a subirem todos mais de 1%.


Eleições francesas dão arranque positivo a bolsas europeias
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Eleições francesas dão arranque positivo a bolsas europeias

 

Juros de Portugal caem para mínimos do ano 

A "yield" associada à taxa de juro a dez anos, tomada como referência, está hoje a deslizar 10,4  pontos base (0,104 pontos percentuais) fixando-se em 3,64%, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg. A taxa está a ceder há cinco sessões e já tocou no valor mais baixo de 2017, estando aliás em mínimos verificados na primeira metade de Dezembro do ano passado.

 

A descida acentuada dos juros portugueses surge em linha com o comportamento da restante dívida europeia, a reflectir também os resultados das eleições em França. Os juros da dívida francesa a 10 anos estão a ceder 6 pontos base para 0,863%.

 

Euro atinge máximo de cinco meses 

No mercado cambial a vitória de Macron está também a ter um forte impacto, com o euro s subir mais de 1% na abertura da sessão europeia, depois do candidato centrista Emmanuel Macron ter ficado à frente da candidata da extrema-direita e anti-euro Marine Le Pen, que promete referendar a permanência na Zona Euro se chegar ao Eliseu.

O euro ganha 1,04% para 1,084 dólares, mas já esteve esta sessão (na Nova Zelândia) a ganhar 1,95% para 1,0933 dólares, o maior valor e o maior ganho numa sessão desde 10 de Novembro, dois dias depois das eleições presidenciais nos EUA que deram a vitória a Donald Trump.

 

"Este é o cenário perfeito de que o mercado estava, desesperadamente, à espera," disse à Bloomberg Sebastien Galy, do Deutsche Bank. A agência noticiosa escreve que a ida à segunda volta entre Macron e Le Pen afasta o cenário considerado um "pesadelo" pelos investidores, que seria ter a crítica do euro, Le Pen, e o candidato da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, a disputarem o Eliseu.

 

Petróleo recupera 

O petróleo também arrancou a semana em alta, a recuperar parte das perdas sofridas na semana passada, com a matéria-prima a ser penalizada nas últimas sessões pelos sinais de que o aumento de produção nos Estados Unidos está a compensar os cortes efectuados pelos países da OPEP.

 

O Brent em Londres sobe 0,44% para 52,19 dólares e o WTI em Nova Iorque soma 0,4%para 49,82 dólares. 

 

Ouro desvaloriza 

Com os investidores a saírem dos activos considerados de refúgio devido ao resultado das eleições em França, o ouro está a ser penalizado na abertura da sessão desta segunda-feira. O metal precioso desce 0,8% para 1.273,4 dólares.

 

"A subida do euro e o regresso do apetite pelo risco é compreensível e deverá provocar também uma descida das ‘yields’ na Europa, uma queda dos ‘spreads’ face às bunds e um rally nas acções", afirmou à Reuters Tim Riddell, analista da Westpac, antes da abertura das bolsas.

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