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Bruxelas: "Saída limpa da Grécia do programa de resgate é extremamente improvável"

Apesar do resgate europeu terminar no final deste ano, o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) dura até 2016. Atenas pretende ficar sozinha nos mercados a partir do início de 2015, mas Bruxelas aconselha um programa cautelar.

Bloomberg
03 de Novembro de 2014 às 13:47
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A Grécia não deverá conseguir fazer uma saída limpa do seu programa de resgate, à semelhança de Portugal e da Irlanda. Atenas termina o seu programa de resgate acordado com a Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE) no final deste ano, mas Bruxelas considera que a Grécia não tem condições para ficar sozinha nos mercados.

 

"Uma saída completamente limpa é extremamente improvável. Vamos de ter explorar quais as opções que existem", disse uma fonte comunitária anónima esta segunda-feira, 3 de Novembro, citada pela Reuters. "Quaisquer que sejam as opções que viermos a adoptar, vai haver um relação contratual entre as instituições da Zona Euro e as autoridades gregas".


Apesar do resgate europeu terminar no final deste ano, o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) dura até 2016. Mas Atenas já sinalizou que pretende prescindir deste valor e ficar sozinha perante os mercados.

 

No entanto, apesar da abertura demonstrada pelo FMI, os parceiros europeus rejeitam que Atenas fique sozinha depois de ter sido resgatada pela primeira vez em 2010, e quer continuar a acompanhar de perto a situação no país. Até ao momento, a Grécia já recebeu 240 mil milhões de euros.

 

A Grécia vai decidir em conjunto com os parceiros europeus sobre o seu futuro numa reunião do Eurogrupo no dia 8 de Dezembro. O timing tem a sua razão de ser: o objectivo é que a linha cautelar esteja em vigor no início do ano devido à necessidade de algumas medidas terem de ser aprovadas pelos parlamentos de alguns Estados-membros.

 

"É necessário que exista dinheiro disponível. Se olharmos para a volatilidade do mercados nas recentes semanas, não são necessárias mais explicações sobre porque é que faz sentido" uma linha cautelar, apontou a fonte comunitária.

 

O dinheiro poderá ter origem ou numa linha do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) ou nos 11 mil milhões de euros de fundos da troika destinados a recapitalizar a banca helénica. Os testes de stress do BCE revelaram que os bancos gregos não precisam de serem recapitalizados. "O que sobrou da almofada de recapitalização pode ser usada num programa ou linha de crédito", apontou a mesma fonte.

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