"A Grécia conseguiu avanços importantes (...), mas os acontecimentos recentes mostram que a Grécia ainda está longe de poder apoiar-se exclusivamente nos mercados para se financiar", afirmou o porta-voz do FMI, Gerry Rice, em declarações aos jornalistas.

Recentemente, a bolsa de Atenas registou uma queda acentuada e os juros das obrigações gregas a 10 anos subiram, turbulência atribuída pelos analistas à pretensão do Governo de encurtar o programa de assistência do FMI, um dos credores de Atenas.

A Grécia, que recebeu dois empréstimos internacionais desde 2010, deixa de estar sob a tutela financeira europeia no final do ano, mas o programa do FMI deveria continuar até 2016. 

O Governo de coligação liderado por Antonis Samaras tem indicado querer pôr fim à tutela antes do previsto, o que permitirá aliviar a austeridade.

No início de Outubro, a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, já tinha afirmado que a Grécia ficaria melhor com uma assistência do fundo. Essa assistência poderá ser um programa cautelar.

"Cabe, bem entendido, às autoridades gregas decidirem" o caminho que querem seguir, afirmou hoje o porta-voz do FMI.