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Ministro italiano das Finanças garante que não há vontade de sair do euro

O ministro da Economia e das Finanças do novo governo italiano garantiu em entrevista que há unanimidade quanto a permanecer no euro. Os mercados já reagiram.

Reuters
11 de Junho de 2018 às 07:56
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Giovanni Tria assegurou este fim-de-semana que existe uma vontade "clara e unânime" em manter Itália na Zona Euro. O novo ministro da Economia e das Finanças foi mais longe ao referir que o seu governo quer "evitar as condições de mercado" que levem a essa saída. Os mercados estão a reagir positivamente às declarações, com os juros da dívida de Itália a dez anos a afundarem para menos de 3%. 

"Não estamos a discutir nenhuma proposta para sair do euro". A garantia foi dada pelo ministro da Economia e das Finanças, Giovanni Tria, em entrevista este fim-de-semana ao jornal italiano Corriere della Sera. Tria disse ainda estar "ciente da necessidade de garantir a sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas" e que, além disso, a prioridade é reduzir a dívida italiana, uma das mais elevadas da União Europeia. 

As declarações foram bem acolhidas no mercado secundário de dívida onde os juros italianos agravaram na semana passada, principalmente por causa da incerteza sobre as políticas do novo "Governo de mudança" liderado pelo Movimento 5 Estrelas e pela Liga, mas também por causa da expectativa face à reunião do Banco Central Europeu (BCE). Esta segunda-feira a taxa de juro a dez anos alivia 22,6 pontos base para os 2,908%, abandonando de novo os 3%. 

Apesar de admitir o diálogo com Bruxelas, Tria recusa uma mensagem de concordância com a União Europeia. "Nós não estamos focados em manter as nossas contas em ordem e diminuir a dívida porque isso é o que a Europa nos diz, mas porque nós não devemos minar a confiança na nossa estabilidade financeira", argumentou o ministro da Economia e das Finanças. Outra das prioridades de Tria passará pela resolução do problema dos pagamentos em atraso do Estado italiano.

O professor de Economia Giovanni Tria foi o escolhido para assumir o cargo de ministro da Economia e das Finanças, depois de o presidente italiano ter rejeitado o nome de Paolo Savona. Tria não tem o mesmo perfil de Savona, preferindo abordagens económicas e declarações públicas menos controversas. Contudo, partilha do essencial da visão de Savona em relação aos defeitos da construção da União Económica e Monetária. 
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