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Abertura dos mercados: Promessa italiana de "fidelidade" ao euro afunda juros e anima bolsas
As bolsas europeias arrancaram a semana em terreno positivo, com as declarações do ministro italiano das Finanças a sobreporem-se à falta de acordo na reunião do G7. Os juros recuam na periferia do euro, e a moeda única valoriza face ao dólar.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,08% para 5.619,86 pontos
Stoxx 600 ganha 0,43% para 386,79 pontos
Nikkei valorizou 0,48% para 22.804,04 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 8,3 pontos para 1,973%
Euro valoriza 0,35% para 1,1811 dólares
Petróleo em Londres cai 0,58% para 76,02 dólares o barril
Bolsas europeias arrancam semana em alta
As bolsas europeias estão a negociar em terreno positivo esta segunda-feira, 11 de Junho, animadas pelas declarações do novo ministro italiano da Economia e Finanças, que garantiu que o governo não pretende retirar o país do euro.
Numa entrevista ao Corriere della Sera, Giovanni Tria assegurou que essa ideia não está a ser discutida, e que a permanência de Itália no euro é uma posição clara e unânime do Executivo formado pelo 5 Estrelas e pela Liga.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,43% para 386,79 pontos, numa altura em que é precisamente a bolsa de Milão que se destaca nas subidas, com uma valorização de 2,17%.
Em Lisboa, o PSI-20 sobe 0,08% para 5.619,86 pontos, animado sobretudo pelo BCP, com um avanço de 1,88% para 27,04 cêntimos.
Juros afundam nos periféricos do euro
As declarações de Giovanni Tria estão ainda a provocar uma forte descida dos juros dos chamados periféricos do euro, com destaque para a própria Itália, onde a yield associada às obrigações a dez anos afunda 26,3 pontos para 2,868%.
No entanto, o alívio estende-se aos restantes países da periferia, com os juros de Portugal no prazo de referência a descerem 8,3 pontos para 1,973% e os de Espanha a deslizarem 3,4 pontos para 1,436%.
Na Alemanha, pelo contrário, o afastamento dos investidores dos activos de refúgio está a ditar uma subida da yield de 2,6 pontos para 0,474%.
Euro sobe à espera do BCE
O euro está a negociar em alta face ao dólar, a dias da reunião do Banco Central Europeu (BCE) onde a autoridade monetária deverá dar indicações sobre a retirada dos estímulos à economia, o que é positivo para a moeda única.
Esta reunião decorrerá na quinta-feira, um dia depois de a Fed anunciar a segunda subida dos juros deste ano, segundo antecipam os economistas.
A moeda única europeia está ainda a reflectir a garantia do governo italiano de que a saída do euro não está em cima da mesa. Nesta altura, o euro ganha 0,35% para 1,1811 dólares.
Petróleo em queda com aumento da exploração nos EUA
O petróleo arrancou a semana a negociar em terreno negativo, penalizado pelos dados que mostram que o número de plataformas de exploração em funcionamento nos Estados Unidos aumentou, o que sinaliza que a produção poderá atingir novos recordes.
Estes sinais chegam numa altura em que persistem dúvidas sobre a OPEP vai ou não reduzir os seus cortes na produção na reunião marcada para este mês, em Viena.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,35% para 65,51 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, recua 0,58% para 76,02 dólares.
Ouro em queda ligeira em arranque de semana decisiva
O ouro está a negociar em baixa ligeira, no arranque de uma semana decisiva, marcada por vários eventos que vão centrar a atenção dos investidores. Já esta terça-feira decorre a cimeira histórica entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano Kim Jong-Un, um dia antes da reunião da Fed em que deverá ser anunciada uma nova subida dos juros. No dia seguinte é a vez de o BCE poder dar indicações sobre a retirada dos estímulos à economia.
O ouro cai 0,08% para 1.297,13 dólares, enquanto a prata ganha 0,26% para 16,8330 dólares.