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Governo grego diz que vai fazer o que "for preciso para alcançar um acordo"

Atenas avisa que não vai aceitar medidas que ofendam a "soberania da nação e do povo" grego. Ao mesmo tempo, Bruxelas avisa que o próximo Eurogrupo "vai ser difícil", acredita que um acordo poderá ser "alcançado" e que a Europa poderá dar "margens de manobra" às exigências da Grécia.

20 de Fevereiro – Dijsselbloem após acordo no Eurogrupo para estender financiamento por quatro meses

“Foi intenso porque foi sobre construir confiança com base no que já está acordado. Esta noite foi o primeiro passo para construir confiança. O trabalho feito nas últimas semanas compensou”.
Reuters
13 de Fevereiro de 2015 às 11:07
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A Grécia e o Eurogrupo já começaram a negociar hoje. E tanto Atenas como Bruxelas estão optimistas em que as negociações dos próximos dias vão chegar a bom porto, ou seja, um acordo vai ser alcançado.

 

Isto mesmo foi hoje reiterado pelo Governo grego. "Vamos fazer o que for preciso para alcançar um acordo na segunda-feira", garantiu esta sexta-feira, 13 de Fevereiro, o porta-voz do Executivo helénico, Gabriel Sakellaridis.

 

O responsável revelou quais vão ser as três principais linhas de Atenas nas conversações com os parceiros europeus antes das negociações serem retomadas ao mais alto nível no Eurogrupo de segunda-feira.

 

"Nos próximos três dias, vamos apresentar as nossas propostas de reformas, as nossas propostas a nível orçamental, mas também para travar a crise humanitária", afirmou, em entrevista à televisão Skai, citado pelo Kathimerini.

 

Mas antes das conversações começarem, Atenas avisa que não vai adoptar medidas que ofendam a "soberania da nação e do povo" grego.

 

Foi na quinta-feira que o Eurogrupo e a Grécia anunciaram que vão começar a "trabalhar na avaliação técnica do que há de comum entre o actual programa e os planos do Governo grego", disse o líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

 

Bruxelas também considera que perspectiva-se um acordo na próxima semana, apesar de reconhecer que as negociações vão ser duras.

 

"É um encontro que vai ser difícil, é um encontro que vai ser decisivo. Temos de chegar a acordo", disse hoje o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros em entrevista à rádio francesa Europeu 1, segundo a Reuters.

 

Pierre Moscovici apelou a que a Grécia honre os seus compromissos, mas considera que poderá haver espaço para negociar. "Eu digo que ele [Tsipras] deve respeitar as promessas, mas ao mesmo tempo estamos preparados, nós europeus, para ver quais as margens de manobra que são possíveis".

 

Colocando todos os pratos na balança, o comissário diz ter esperança que as conversações venham a dar frutos. "Estou optimista porque espero que um encontro venha a ser alcançado, se for possível".

 

Economia grega recua no final de 2014

 

Foi hoje divulgado que a economia grega afundou 0,2% no último trimestre de 2014, face ao trimestre anterior. A contribuir para a degradação da economia poderá ter estado a incerteza gerada com as eleições presidenciais, que acabaram por levar à convocação de eleições antecipadas.

 

Enquanto isso, a fuga de depósitos nos bancos gregos já alcançou três mil milhões de euros este mês. Ao longo de Janeiro, mês das eleições, voaram 12 mil milhões de euros em depósitos, avança hoje o Kathimerini, citado pela Bloomberg.

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