Notícia
Governo e Presidente solidários com Madrid na "questão catalã"
Num nota escrita escrita com pinças, enviada esta tarde às redacções, o governo português evita referir-se ao referendo optando por uma genérica "questão catalã"
O Governo português defendeu este sábado que a "questão catalã" – numa referência não explícita ao referendo independentista de domingo na Catalunha – deve ser "considerada no quadro do respeito pela Constituição e pelas leis espanholas". Segundo a legislação do país vizinho, o referendo sobre a independência da Catalunha é ilegal e é por isso que o governo de Mariano Rajoy está determinado em impedir a sua realização.
Numa nota enviada às redacções, na véspera da realização do referendo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que "Portugal e Espanha encontram-se unidos por laços profundos, assentes na História, na amizade entre os povos, na economia, na diplomacia e na pertença comum à União Europeia".
"Uma das bases desse relacionamento", sublinha a nota divulgada pela agência Lusa, "é o respeito integral pela soberania nacional". E reforçando a dimensão legal, o Governo afirma que "a questão catalã é do foro interno de Espanha, e o Governo português entende que seja considerada no quadro do respeito pela Constituição e pelas leis espanholas". Nesta nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros nunca refere explicitamente a existência de um "referendo" ou "consulta popular" sobre a independência na Catalunha.