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Espanha recusa financiar "veleidades independentistas" da Catalunha

Mariano Rajoy quer saber todos os euros que são transferidos pelo Estado Central para a Catalunha. O Governo garante que não deixará de financiar solidariamente a região, mas recusa-se a pagar "veleidades independentistas", relatam os jornais espanhóis.

Bloomberg
Negócios 04 de Novembro de 2015 às 11:16
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O primeiro-ministro espanhol resolveu chamar a si todas as decisões de financiamento do Estado central à Catalunha, numa altura em que o Governo cerra fileiras contra as pretensões independentistas dos catalães.

Segundo escrevem esta quarta-feira, 4 de Novembro, os jornais espanhóis, a intenção será garantir que as verbas transferidas pelo Estado Central são destinadas ao pagamento de serviços públicos, e não "para financiar as veleidades independentistas de nenhum Governo de autonomia ou de qualquer outra administração espanhola", declarou o ministro das Finanças, Cristóbal Montoro.

 

Segundo garante o ministro das Finanças, a Catalunha está longe de ser auto-suficiente em matéria financeira. Desde 2012 o Estado central transferiu para a região 37 mil milhões de euros para amortizar dívida pública, financiar o défice e saldar pagamentos em atraso aos fornecedores. Juntando os empréstimos directos aos municípios da Catalunha, então a transferência sobe aos 49,9 mil milhões de euros, sistematiza do jornal Cinco Días, citando o Ministério das Finanças.

 

A tese do Governo de Mariano Rajoy é a de que é o Estado Central quem por estes dias sustenta a Catalunha e que permite que os serviços públicos continuem a chegar à população.

 

Citando dados do Banco de Espanha, o Cinco Días adianta que o Estado catalão acumula um passivo de 67,6 mil milhões de euros, correspondendo mais de metade deste valor a empréstimos da Administração Central.

Ainda na passada semana o governo catalão terá pedido auxilio estatal para financiar uma dívida às farmácias, que supera os 330 milhões de euros.

Reforçando a frente de ataque às pretensões autonómicas, Alfonso Alonso, ministro da Saúde espanhol, também veio declarar que "não podemos permitir que nenhuma comunidade espanhola entre em incumprimento", porque "este é um país solidário". Mas não deixou de sublinhar que a Catalunha "está a financiar a ruptura com Espanha, mas não são capazes de pagar às suas farmácias", segundo a reprodução feita pelo El Mundo. 

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