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Costa sobre incêndios: “Nada poderá ficar por esclarecer”

António Costa garante que os meios que existem estão a ser deslocados para prestar ajuda e apoio às populações que sofreram com os incêndios de Pedrógão Grande que causou 64 mortes. O primeiro-ministro fala em “revolta” pela “brutalidade dos acontecimentos” e aconselha “muita prudência e muita seriedade”.

Bruno Simão
26 de Junho de 2017 às 14:00
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"Nada poderá ficar por esclarecer", garantiu o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas. "Ninguém mais do que o Governo estará mais interessado e tem o dever de tudo apurar" sobre os acontecimentos de Pedrógão Grande, os incêndios que vitimaram 64 pessoas.

 

António Costa recusou tirar conclusões sobre o que se passou, garantindo que o fará quando houver informações. "Aguardarei o resultado" dos inquéritos que estão a ser feitos, nomeadamente pela GNR, "para podermos tirar qualquer conclusão" sobre responsabilidades.

 

Questionado sobre a falta de apoio psicológico – denunciado pelo presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, e pelo líder social-democrata Pedro Passos Coelho – António Costa disse que os que existem estão a ser encaminhados para os locais mais afectados.

 

"Quando temos uma tragédia com a dimensão que tivemos [em Pedrógão Grande] todos temos falta de meios. Tenho a certeza que todos os órgãos de comunicação social tiveram falta de meios para conseguir fazer cobertura completa, tal a dispersão, tal a intensidade, tal a diversidade" de acontecimentos.

 

"Quando temos uma tragédia desta dimensão nunca há meios suficientes", sublinhou, garantindo que "todos os meios disponíveis estão a ser deslocados" para "respondermos da melhor maneira".

 

"A brutalidade de um acontecimento daqueles num território daquela dimensão tem consequências enormes", realçou, salientando que desde o início o Governo percebeu que era "tão importante acorrer à emergência como responder aos danos que se vão prolongar", quer materiais quer psicológicos.

 

"Tivemos bem a noção do que significava a perda de amigos, de familiares... foi por isso que adiámos" os exames escolares.

 

"Os recursos estão a ser mobilizados", garantiu, realçando que "o Ministro da Saúde está a acompanhar" a situação.

 

O primeiro-ministro recusou responder sobre as declarações de Passos Coelho, que acusou ter tido conhecimento de que "pessoas em desespero se suicidaram" na sequência dos danos provocados pelo incêndio de Pedrógão Grande. 

"Não vou entrar em debate com o líder da oposição, o que os portugueses esperam do Governo é que se empenhe para esclarecer, contribuir para a reconstrução e a normalidade daquelas populações. Neste momento não vou contribuir para a polémica."

 

"Temos simplesmente um dever: criar condições para esclarecermos tudo. E toda disponibilidade" para se apurar a verdade.

 

E concluiu dizendo que "devemos ser todos muito prudentes na produção de afirmações e daquilo que noticiamos. A pressa às vezes é má conselheira" e recordou o caso das notícias que deram conta da queda de um avião durante o combate aos incêndios, com base em fontes oficiais, mas que se revelaram falsas. "Temos de falar com muita seriedade. Temos de ter muita prudência e muita seriedade", sublinhou. 

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