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Cavaco Silva pede iguais condições de financiamento para as empresas portuguesas e europeias
O Presidente da República considera que é preciso encarar o ano de 2015 "com confiança, mas ainda assim com prudência, pois a evolução da economia global está marcada por incertezas".
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O Presidente da República fez um balanço do ano passado e considera que 2014 "trouxe sinais de esperança" para Portugal. Ao mesmo tempo, olhando para 2015, Cavaco Silva sublinha que ainda existem "desafios importantes a ultrapassar".
Cavaco Silva defende a necessidade de uma Europa mais virada para o crescimento para compensar os esforços realizados pelos portugueses nos últimos quatro anos. "Seria essencial que os nossos esforços de reforma e consolidação orçamental fossem acompanhados por uma agenda europeia mais orientada para o crescimento e para o emprego", disse Cavaco Silva esta quarta-feira, 21 de Janeiro.
Ao nível das empresas, sublinhou que as nacionais estão em desvantagem face às europeias quando chega a hora de pedir dinheiro para investir. "Que fossem proporcionadas às empresas portuguesas, principalmente às pequenas e médias, condições de financiamento comparáveis às das suas congéneres europeias".
O Chefe de Estado discursava na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo do Corpo Diplomático acreditado em Portugal que teve lugar no Palácio de Queluz.
No discurso, abordou o ano passado e considera que 2014 "foi um ano importante, em que Portugal recuperou a credibilidade e o acesso pleno ao
financiamento. A economia portuguesa está mais competitiva, mais integrada na economia global".
"Concluímos o programa de assistência económica e financeira. Verificou-se uma quebra do desemprego, a economia esta a crescer. Os juros da dívida estão em mínimos históricos. Corrigimos o desequilíbrio das contas externas", enumerou.
No plano geopolítico, sublinhou que foram herdadas do ano passado "várias situações de enorme gravidade" em todo o mundo. "Ao longo de 2014 Portugal acompanhou a crise na Ucrânia. Por outro lado, apoiamos os esforços internacionais de combate ao grupo terrorista ISIS", apontou.
Cavaco Silva referiu também os ataques terroristas em Paris. "Lembram-nos que o ataque aos fanatismos bárbaros a todas as democracias diz respeito. O povo francês símbolo maior da liberdade, conta com toda a nossa solidariedade."
Para o ano que agora teve início, o Presidente considera que é preciso encarar "2015 com confiança, mas ainda assim com prudência, pois a evolução da economia global está marcada por incertezas".
"Podemos fazer com que 2015 venha a terminar com um balanço mais positivo" face ao ano anterior", declarou.
Cavaco Silva salientou ainda que a "retoma" económica é agora "mais expressiva e mais visível no dia-a-dia dos cidadãos", e que é fruto dos esforços de reforma e de consolidação orçamental".