Notícia
Marinho e Pinto ultrapassa Portas nas intenções de voto
O CDS perdeu quase metade dos votos desde Setembro, segundo o barómetro da Aximage relativo a Janeiro. O novo partido de Marinho e Pinto roubou o quarto lugar aos centristas. Distância entre PS e PSD mantém-se praticamente inalterada.
O Partido Democrático Republicano, mais conhecido como o partido de Marinho e Pinto, teria mais votos do que o CDS se as eleições legislativas, previstas para Setembro ou Outubro, se realizassem hoje. Isso é, pelo menos, o que nos conta o barómetro de Janeiro da Aximage, feito para o Negócios e Correio da Manhã. O partido do antigo bastonário da Ordem dos Advogados obteria 5,2% dos votos contra 4,7% do CDS. A ultrapassagem só foi possível porque à subida do PDR se juntou uma descida do partido de Paulo Portas. A avaliar por esta sondagem, em apenas quatro meses, os centristas perderam quase metade dos votos.
Também o partido maioritário da coligação governamental não subiu nas intenções de voto. Segundo a Aximage, são 30,9% os eleitores que dizem votar no PSD, um número idêntico ao verificado nos últimos meses. Se o partido de Pedro Passos Coelho conseguiu estreitar muito ligeiramente a distância que tem face ao líder socialista, fê-lo apenas por demérito do partido de António Costa. O PS voltou a deslizar um pouco nas intenções de voto, ficando-se agora pelos 36,9%, o que contrasta com os 40,2% obtidos logo após a chegada à liderança do novo líder.
Mais à esquerda, as tendências são contrastantes. Se o PCP parece ter travado a quebra que se sentia desde Setembro, recolhendo a preferência de 7,6% dos eleitores, o Bloco de Esquerda continua em queda livre, tendo agora apenas 3,5% dos votos. O Livre, que resultou de uma cisão do Bloco, sobe de forma marginal para 3%, estando apenas a 0,5 pontos percentuais do partido de Catarina Martins.
Teixeira da Cruz sobe, Paulo Macedo cai
O barómetro confirma uma subida das expectativas dos portugueses em relação à actuação do Governo. Ao nível da avaliação aos ministros, o facto mais visível é a recuperação assinalável da ministra da Justiça. Depois de ter tido uma avaliação de 3,6 (em 20), na sequência do colapso do sistema informático da Justiça, Paula Teixeira da Cruz foi melhorando a sua imagem e está agora com uma nota (ainda negativa) de 7,5. É a quarta ministra mais impopular, acima de Paulo Macedo que pagou caro pelas notícias sobre a incapacidade das urgências hospitalares nos últimos meses.
Mota Soares é o segundo mais impopular, só superado (pela negativa) pelo pior de todos os ministros, segundo a Aximage, Nuno Crato: o ministro da Educação recebe uma nota de apenas 2,6 valores.
Finalmente, Cavaco Silva continua a ter uma avaliação negativa dos portugueses, segundo o mesmo barómetro. De zero a 20, o Presidente da República recebe 7,1 valores.
FICHA TÉCNICA
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 601 entrevistas efectivas: 274 a homens e 331 a mulheres; 108 no Interior Centro Norte, 162 no Litoral Centro Norte, 92 no Sul e Ilhas, 165 em Lisboa e Setúbal e 74 no Grande Porto; 155 em aldeias, 205 em vilas e 241 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 9 a 12 de Janeiro de 2015, com uma taxa de resposta de 82,8%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 601 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.