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Goldman Sachs: Governos de Portugal, Grécia e Espanha com fortes possibilidades de serem reeleitos
Passos Coelho, Antonis Samaras e Mariano Rajoy deverão manter-se no poder por mais quatro anos, devido à melhoria das condições económicas nos seus países, segundo um modelo desenvolvido pelo Goldman Sachs. Estas têm um peso relevante na hora de os eleitores decidirem em quem votam.
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O Goldman Sachs desenvolveu um modelo de previsão de resultados eleitorais, que olha com especial atenção para a performance económica de cada país.
Elaborado pelo economista Lasse Nielsen, este estudo coloca em causa as sondagens mais recentes em países como Portugal, Espanha e Grécia que apontam para a vitória de partidos que estão actualmente na oposição, avança a Bloomberg esta sexta-feira, 16 de Janeiro.
Desta forma, os governos actualmente no poder em Portugal, Espanha, Grécia, Reino Unido, Dinamarca e Finlândia têm uma possibilidade de 58% de serem reeleitos este ano, diz este estudo. Isto, apurando as médias destes seis países.
Ao estudar a relação entre a evolução dos indicadores económicos e as perspectivas de reeleição destes executivos Lasse Nielsen apurou que a forma como os eleitores olham para a economia é o factor que tem maior impacto nos resultados eleitorais.
A melhoria dos indicadores económicos – como a queda do desemprego, a inflação em baixa – ajudam a aumentar a possibilidade de reeleição nos países analisados.
"Em média, as condições económicas sugerem que existe uma probabilidade acima da média de reeleição dos governos nas eleições na Europa deste ano", diz o estudo.
O modelo do Goldman Sachs aponta que, em condições económicas normais, os governos têm 43% de probabilidade de serem reeleitos. Isto após análise dos resultados eleitorais nos países europeus nos últimos 25 anos.
A conclusão do banco de investimento vai contra, no entanto, as sondagens mais recentes. Se as legislativas portuguesas tivessem lugar hoje, o PS venceria com 36,9% dos votos, seguido do PSD com 30,9%, de acordo com a sondagem da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã divulgada hoje.
Na Grécia, o cenário é semelhante. O Syriza de Alexis Tsipras lidera as sondagens com três pontos de avanço sobre o Nova Democracia de Antonis Samaras, segundo os números do inquérito da Pulse.
Em Espanha, o Podemos lidera as intenções de votos com 28,2%, seguido dos socialistas do PSOE com 23,5% e do Governo do PP com 19,2%, segundo uma sondagem divulgada no fim de semana passado pelo El País.
No Reino Unido, as sondagens mais recentes são contraditórias. Os conservadores de David Cameron deverão conseguir a reeleição com 32% contra os 28% dos trabalhistas, segundo uma sondagem de Lord Ashcroft.
Por outro lado, um inquérito da Populus coloca os trabalhistas com uma vantagem de cinco pontos face aos conservadores, segundo o The Guardian. Já uma sondagem da YouGov empata David Cameron e Ed Miliband com 32% cada um, seguidos pelo UKIP com 18%.