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PS perde fôlego em Novembro, PSD recupera
O PS perdeu este mês parte do impulso de Outubro, herdado da vitória de António Costa face a António José Seguro. Ainda assim, o futuro líder socialista continua a beneficiar de uma enorme vantagem face a Passos Coelho.
Depois da explosão de popularidade em Outubro, na sequência da sua vitória expressiva nas primárias do PS, a confiança dos portugueses em António Costa sofreu uma correcção, que parece ter beneficiado ligeiramente Pedro Passos Coelho. Questionados, no barómetro mensal da Aximage sobre a pessoa que lhes inspira mais confiança para primeiro-ministro, 53,4% dos portugueses escolheram aquele que se perfila como o próximo líder do PS, enquanto apenas 32,4% preferem o actual chefe do Governo.
Os partidos reflectem esta tendência. Dos 40,2% de intenções de voto que reunia em Outubro, o PS passou para 38,5%. No PSD, o comportamento foi inverso: o partido de Passos Coelho subiu de 27,4% para 31,1%.
Porém, todas estas variações acabam por cair na margem de erro da sondagem, que é de 4%. Evidente, para já, é o enorme fosso que separa partidos e respectivos líderes, uma diferença que se esbate quando a comparação é feita entre partidos. António Costa continua a ter uma vantagem de 21 pontos face a Passos Coelho (menos cinco pontos do que em Outubro), enquanto o PS vê a diferença face ao PSD passar para quase metade (7,4 contra 13 pontos percentuais).
Já as intenções de votos nos restantes partidos tiveram um único sentido: descendente. O partido minoritário do Governo desceu de 6,1% para 5,2%; a CDU de 9,2% para 7,9%; enquanto o BE passou de 7,7% para 6%.
Vale a ainda pena destacar o rompimento de dois novos partidos: O Partido Democrático Republicano (PDR), de Marinho e Pinto, que surge nesta sondagem com 2,1% dos votos, uma percentagem idêntica à do Livre, partido dirigido por Rui Tavares.
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel. Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 603 entrevistas efectivas: 277 a homens e 326 a mulheres; 116 no Interior Centro Norte, 151 no Litoral Centro Norte, 102 no Sul e Ilhas, 164 em Lisboa e Setúbal e 70 no litoral centro sul; 161 em aldeias, 207 em vilas e 235 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral. Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 7 a 10 de Novembro de 2014, com uma taxa de resposta de 83,9%. Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 603 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%). Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.