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BCE admite que novos estímulos podem incluir programa de compra de dívida
O presidente do Banco Central Europeu já havia sinalizado que os estímulos às economias da Zona Euro poderiam estar de volta em breve. O vice-presidente veio agora detalhar que, entre os estímulos possíveis, está um novo programa de compra de dívida.
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirma que outro programa alargado de compra de dívida pública pode ser uma das ferramentas a utilizar caso a região não alcance o objetivo em termos de inflação.
"Há um amplo conjunto de instrumentos que podemos usar e o alívio quantitativo (quantitative easing) é um deles", afirmou De Guindos em entrevista à CNBC a propósito do Fórum do BCE, a realizar-se em Sintra, Portugal.
Para além deste programa de compra de dívida, o vice-presidente do BCE referiu ainda o programa de financiamento da banca europeia (TLTRO, na sigla em inglês) e o "forward guidance" como outras ferramentas à disposição.
A mensagem do vice-presidente vem reforçar o sentido das declarações do presidente, Mario Draghi, que admitiu no mesmo evento vir a aumentar os estímulos económicos, abrindo a porta a novos cortes de juros.
Esta possibilidade admitida pelo banco central pressupõe que a economia europeia não irá surpreender pela positiva. Na segunda metade de 2018, o BCE decidiu levantar alguns dos estímulos que tinha vindo a aplicar desde 2011, face à recuperação da economia da Zona Euro.
Os dados mais recentes do Eurostat, relativos a maio, detetam que a atividade económica da Zona Euro registou um melhor desempenho do que o esperado inicialmente, ainda que a melhoria tenha sido ligeira. Apesar disso, não parece haver razões para festejos: o PIB no segundo trimestre deverá crescer menos do que no primeiro trimestre.