Notícia
Economista-chefe diz que BCE será proativo para estimular a inflação
No seu primeiro discurso enquanto economista-chefe do BCE, Philip Lane argumentou que o banco central terá uma atitude proativa, caso seja necessário, para atingir o objetivo da inflação.
O novo economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE) considera que o banco central pode proporcionar uma política monetária mais expansionista caso seja necessário para cumprir o mandato, ou seja, para ter uma inflação perto mas abaixo de 2%. A garantia, que consolida as declarações de Mario Draghi, foi deixada esta segunda-feira, 1 de julho, por Philip Lane no seu primeiro discurso no cargo que ocupa desde junho.
"A nossa avaliação é que o pacote de políticas [do BCE] tem sido eficaz e que um maior aligeirar [das condições de financiamento] pode ser proporcionado, se necessário, para cumprir o nosso mandato [da inflação]", afirmou Lane, ex-governador do Banco da Irlanda, num discurso em Helsínquia, Finlândia, numa conferência sobre o futuro da União Económica e Monetária.
Para o agora economista-chefe do BCE um banco central tem de mostrar "consistência" nas suas decisões de política monetária, agindo de forma "proativa" para "responder aos choques que possam adiar a convergência para o objetivo ou mover as dinâmicas da inflação para a direção adversa". "É vital que o banco central demonstre que está sempre à procura dos métodos mais eficazes para cumprir o seu mandato", disse.
Ou seja, Philip Lane confirmou a posição deixada em Sintra há duas semanas por Mario Draghi, presidente do BCE, de que as medidas não convencionais têm sido eficazes e que podem ser introduzidas ainda mais medidas ou aprofundar as que existem para contrariar a trajetória decrescente da inflação.
Em concreto, essas medidas podem passar pelo reiniciar do programa de compras de dívida pública, que terminou em dezembro do ano passado, e/ou pela redução ainda mais expressiva das taxas de juro diretoras, que já estão em níveis historicamente baixos. Segundo a Bloomberg, a maior parte dos investidores e dos economistas prevê que haja uma redução dos juros até setembro, antes de Draghi sair do cargo em outubro.
No caso da dívida, Philip Lane também deixou a garantia de que o programa de compras pode "recomeçar no futuro". "Caso se recomece com as compras líquidas [de dívida pública], terão de ser consideradas revisões associadas do enquadramento do forward guidance [orientação futura] de forma a garantir que os diferentes instrumentos [de política monetária] continuam a estar ligados firmemente e que as suas sinergias sejam maximizadas", explicou o economista-chefe do BCE.
Além disso, os empréstimos de longo prazo à banca - com a terceira ronda do TLTRO este ano - e a comunicação da estratégia do BCE podem ajudar também a dar um impulso nos preços, ajudando a economia europeia numa altura em que a desaceleração é visível.
Mas, tal como têm insistido vários economistas recentemente, também Philip Lane frisou a necessidade de "outras áreas da política [macroeconómica] terem uma contribuição mais decisiva". Em causa está o papel da política orçamental, controlada pelos Estados, em linha com o ciclo económico. Neste caso, numa altura em que a economia europeia trava, há quem peça uma resposta conjunta dos Estados-membros da Zona Euro para acelerarem o investimento público e adotarem medidas que melhorem o crescimento potencial das economias.
"A nossa avaliação é que o pacote de políticas [do BCE] tem sido eficaz e que um maior aligeirar [das condições de financiamento] pode ser proporcionado, se necessário, para cumprir o nosso mandato [da inflação]", afirmou Lane, ex-governador do Banco da Irlanda, num discurso em Helsínquia, Finlândia, numa conferência sobre o futuro da União Económica e Monetária.
Ou seja, Philip Lane confirmou a posição deixada em Sintra há duas semanas por Mario Draghi, presidente do BCE, de que as medidas não convencionais têm sido eficazes e que podem ser introduzidas ainda mais medidas ou aprofundar as que existem para contrariar a trajetória decrescente da inflação.
Em concreto, essas medidas podem passar pelo reiniciar do programa de compras de dívida pública, que terminou em dezembro do ano passado, e/ou pela redução ainda mais expressiva das taxas de juro diretoras, que já estão em níveis historicamente baixos. Segundo a Bloomberg, a maior parte dos investidores e dos economistas prevê que haja uma redução dos juros até setembro, antes de Draghi sair do cargo em outubro.
No caso da dívida, Philip Lane também deixou a garantia de que o programa de compras pode "recomeçar no futuro". "Caso se recomece com as compras líquidas [de dívida pública], terão de ser consideradas revisões associadas do enquadramento do forward guidance [orientação futura] de forma a garantir que os diferentes instrumentos [de política monetária] continuam a estar ligados firmemente e que as suas sinergias sejam maximizadas", explicou o economista-chefe do BCE.
Além disso, os empréstimos de longo prazo à banca - com a terceira ronda do TLTRO este ano - e a comunicação da estratégia do BCE podem ajudar também a dar um impulso nos preços, ajudando a economia europeia numa altura em que a desaceleração é visível.
Mas, tal como têm insistido vários economistas recentemente, também Philip Lane frisou a necessidade de "outras áreas da política [macroeconómica] terem uma contribuição mais decisiva". Em causa está o papel da política orçamental, controlada pelos Estados, em linha com o ciclo económico. Neste caso, numa altura em que a economia europeia trava, há quem peça uma resposta conjunta dos Estados-membros da Zona Euro para acelerarem o investimento público e adotarem medidas que melhorem o crescimento potencial das economias.