Notícia
Juros alemães a dez anos abaixo da taxa de depósito do BCE pela primeira vez
Os juros da dívida alemã a dez anos negociaram abaixo dos -0,4%, a taxa (negativa) "cobrada" aos bancos para estes depositarem dinheiro no Banco Central Europeu (BCE).
A "yield" da dívida pública alemã a dez anos está a aliviar 1,6 pontos base para os -0,404%, negociando pela primeira vez abaixo dos -0,4% fixados pelo Banco Central Europeu (BCE) como a sua taxa de depósito para os bancos da Zona Euro.
Este é o resultado da especulação nos mercados de que os juros diretores vão baixar nos próximos meses e que os estímulos monetários vão ser reforçados. A expectativa tem ganho força não só pelos recentes discursos de Mario Draghi, mas também pela nomeação de Christine Lagarde - vista como de continuação - para presidente do BCE a partir de novembro deste ano.
A taxa do BCE é a taxa de juro "aplicável à facilidade permanente de depósito". Na prática, esta é a taxa que os bancos recebem (neste caso, pagam) por depositarem os seus fundos no banco central.
Quando têm mais fundos do que os exigidos como reservas - e se não quiserem fazer empréstimos a outros bancos, a empresas ou a particulares -, os bancos têm a hipótese de deter esses fundos em numerário ou depositá-los numa conta junto do BCE.
Contudo, como ter esses fundos em numerário acarreta custos (principalmente por causa da segurança das notas), o mais provável é os bancos decidirem aceitar a taxa de juro negativa (-0,4%) sobre os depósitos feitos junto do banco central. Esta taxa é negativa desde junho de 2014.
Segundo a Bloomberg, os mercados estão a incorporar uma descida de 13 pontos base nos juros do BCE em setembro e uma descida de 20 pontos base em março de 2020.
As obrigações alemãs, que são vistas como as mais seguras da Zona Euro e também as mais líquidas, estão a refletir isso mesmo. "Para um investidor que realmente vê valor nas obrigações alemãs a dez anos a -0,4%, eu espero então que veja um valor maior nas obrigações alemãs a 30 anos que estão a 0,25%, para as quais ao menos a 'yield' na maturidade é positiva", comentou Peter Chatwell, analista da Mizuho International, à Bloomberg.
A expectativa de que o BCE vai baixar os juros é de tal forma forte que os analistas do Goldman Sachs antecipam que os juros alemães a dez anos vão chegar aos -0,55% no final deste ano.
Este é o resultado da especulação nos mercados de que os juros diretores vão baixar nos próximos meses e que os estímulos monetários vão ser reforçados. A expectativa tem ganho força não só pelos recentes discursos de Mario Draghi, mas também pela nomeação de Christine Lagarde - vista como de continuação - para presidente do BCE a partir de novembro deste ano.
Quando têm mais fundos do que os exigidos como reservas - e se não quiserem fazer empréstimos a outros bancos, a empresas ou a particulares -, os bancos têm a hipótese de deter esses fundos em numerário ou depositá-los numa conta junto do BCE.
Contudo, como ter esses fundos em numerário acarreta custos (principalmente por causa da segurança das notas), o mais provável é os bancos decidirem aceitar a taxa de juro negativa (-0,4%) sobre os depósitos feitos junto do banco central. Esta taxa é negativa desde junho de 2014.
Segundo a Bloomberg, os mercados estão a incorporar uma descida de 13 pontos base nos juros do BCE em setembro e uma descida de 20 pontos base em março de 2020.
As obrigações alemãs, que são vistas como as mais seguras da Zona Euro e também as mais líquidas, estão a refletir isso mesmo. "Para um investidor que realmente vê valor nas obrigações alemãs a dez anos a -0,4%, eu espero então que veja um valor maior nas obrigações alemãs a 30 anos que estão a 0,25%, para as quais ao menos a 'yield' na maturidade é positiva", comentou Peter Chatwell, analista da Mizuho International, à Bloomberg.
A expectativa de que o BCE vai baixar os juros é de tal forma forte que os analistas do Goldman Sachs antecipam que os juros alemães a dez anos vão chegar aos -0,55% no final deste ano.