Notícia
Inflação da Zona Euro estabiliza em junho e mantém-se afastada da meta do BCE
Os dados da inflação mostram que os preços continuam sem descolar para os níveis que o Banco Central Europeu deseja, o que pode dar mais argumentos para Mario Draghi introduzir estímulos antes de sair do cargo.
A inflação da Zona Euro fixou-se em 1,2% em junho deste ano, estabilizando face a maio, tal como aconteceu na inflação em Portugal. A inflação está em mínimos de abril de 2018 (1,2%), segundo os dados revelados esta sexta-feira, 28 de junho, na estimativa rápida do Eurostat.
A inflação subjacente - que exclui os produtos energéticos e produtos alimentares não transformados uma vez que estes são historicamente mais voláteis - acelerou de 0,9% em maio para 1,1% em junho. As variações são em termos homólogos.
Depois de registar uma subida de 3,8% em maio, os preços da energia desaceleraram significativamente para 1,6% em junho. Por outro lado, os preços nos serviços aceleraram de 1% em maio para 1,6% em junho.
Estes dados dão mais motivos para o Banco Central Europeu (BCE), cujo objetivo passa por uma inflação próxima mas abaixo de 2%, introduzir mais estímulos na economia através de um corte de juros - que os investidores já antecipam para setembro - ou uma nova ronda do programa de compras de dívida pública que foi terminado em dezembro do ano passado.
Nas suas últimas declarações, o presidente do BCE, Mario Draghi, que abandona o cargo em outubro, tem sido claro ao dizer que o banco central fará o que for necessário para manter a inflação a caminho da meta. Nos últimos meses, a atividade económica e a inflação têm sido afetadas pela disputa comercial entre os EUA e a China, que já dura há um ano, o que contribui para a incerteza mundial.
Como é visível no gráfico, a inflação atingiu um pico em outubro do ano passado quando chegou aos 2,3%. Contudo, desde então, a trajetória tem sido de descida. Apesar dessa tendência, no início deste mês o BCE reviu em alta a previsão de inflação para 2019 de 1,2% (previsão de março) para 1,3%.
No caso de Portugal, a inflação de junho estabilizou nos 0,4%. O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) - o indicador que o Eurostat usa para comparar os países europeus - registou uma variação homóloga de 0,7% em junho, acima dos 0,3% de maio.
Os dados completos da inflação da Zona Euro em junho serão publicados a 17 de junho.
A inflação subjacente - que exclui os produtos energéticos e produtos alimentares não transformados uma vez que estes são historicamente mais voláteis - acelerou de 0,9% em maio para 1,1% em junho. As variações são em termos homólogos.
Estes dados dão mais motivos para o Banco Central Europeu (BCE), cujo objetivo passa por uma inflação próxima mas abaixo de 2%, introduzir mais estímulos na economia através de um corte de juros - que os investidores já antecipam para setembro - ou uma nova ronda do programa de compras de dívida pública que foi terminado em dezembro do ano passado.
Nas suas últimas declarações, o presidente do BCE, Mario Draghi, que abandona o cargo em outubro, tem sido claro ao dizer que o banco central fará o que for necessário para manter a inflação a caminho da meta. Nos últimos meses, a atividade económica e a inflação têm sido afetadas pela disputa comercial entre os EUA e a China, que já dura há um ano, o que contribui para a incerteza mundial.
Como é visível no gráfico, a inflação atingiu um pico em outubro do ano passado quando chegou aos 2,3%. Contudo, desde então, a trajetória tem sido de descida. Apesar dessa tendência, no início deste mês o BCE reviu em alta a previsão de inflação para 2019 de 1,2% (previsão de março) para 1,3%.
No caso de Portugal, a inflação de junho estabilizou nos 0,4%. O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) - o indicador que o Eurostat usa para comparar os países europeus - registou uma variação homóloga de 0,7% em junho, acima dos 0,3% de maio.
Os dados completos da inflação da Zona Euro em junho serão publicados a 17 de junho.