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Trump arrasa Draghi e põe Zona Euro no mesmo saco que a China

No Twitter, o presidente dos Estados Unidos criticou o anúncio de Mario Draghi que fez cair o euro, citando as vantagens injustas da Zona Euro na concorrência com os Estados Unidos.

Reuters
18 de Junho de 2019 às 13:16
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os comentários feitos esta terça-feira por Mario Draghi, referindo que a resultante descida do euro dá uma vantagem injusta aos países da moeda única face aos Estados Unidos.

Recorrendo ao Twitter, no seu estilo habitual, Donald Trump disse ainda que a região tem ficado impune durante anos, juntamente com a China e outros países, sugerindo que estes manipulam a sua moeda. 

"Mario Draghi acaba de anunciar mais estímulos, o que imediatamente desvalorizou o euro em relação ao dólar, tornando injustamente mais fácil para eles concorrerem contra os EUA. Fazem-no de forma impune há anos, juntamente com a China e outros", escreveu o líder da Casa Branca no Twitter.

Numa segunda publicação, poucos minutos depois, Trump escreveu que "os mercados europeus subiram após os comentários (injusto para os Estados Unidos) feitos hoje por Mario D".

Na rede social, Trump refere-se ao discurso proferido esta manhã pelo presidente do BCE, em Sintra, em que admitiu avançar com mais medidas de estímulo para impulsionar a economia e a inflação da Zona Euro, e que uma descida dos juros faz parte das ferramentas disponíveis.

As suas palavras tiveram um impacto imediato nos mercados financeiros, com as ações a subirem, o euro a cair e os juros da dívida soberana dos países da moeda única a afundarem para nos mínimos históricos.

Donald Trump critica a posição de Mario Draghi e a sua abertura para descer os juros na Zona Euro mas é o primeiro a arrasar publicamente a Reserva Federal dos Estados Unidos e o seu líder Jerome Powell por não cortar a taxa diretora e garantir mais estímulos à economia.  

Powell tem sido um dos grandes alvos do presidente dos Estados Unidos que, desde que tomou posse, tem tecido duras críticas à atuação do banco central, atribuindo-lhe responsabilidade pelos momentos menos positivos da maior economia do mundo.

Esta quarta-feira termina a reunião de política monetária de dois dias da Reserva Federal e Jerome Powell deverá sinalizar a disponibilidade da autoridade monetária para reverter a normalização dos juros, indo pela primeira ao encontro das pretensões de Trump.

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