O indicador avançado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para Portugal estabilizou em Julho em 100,6 pontos, após quatro meses a subir, tendo regressado ao mesmo valor em que estava em Setembro de 2015. Após uma paragem de dois meses para actualizar a base de dados, os números divulgados nesta quinta-feira, 8 de Setembro, pela organização sedeada em Paris perspectivam uma ligeira recuperação da actividade económica nacional.

No caso de Portugal, a nova série da OCDE apresenta valores mais baixos, mas a linha que descreve não é fundamentalmente alterada. De Setembro de 2014 a Junho de 2015 o indicador avançado subiu, atingindo nesse mês o valor máximo recente (100,9), após o que caiu até ao início de 2016 (100,2).

A partir de Março, porém, observam-se recuperações mensais, tendo o indicador atingido em Junho o valor de 100,6, que se repete agora em Julho, último mês actualizado pela OCDE. O indicador compósito avançado tenta antecipar, em seis a nove meses, pontos de viragem na actividade económica em relação à tendência (100).

A economia portuguesa tem vindo a desacelerar ao longo dos últimos doze meses, tendo esse movimento sido agravado em 2016. Depois de ter crescido 1,5% em termos homólogos no segundo trimestre de 2015, o PIB subiu 1,4% e 1,3% nos trimestres seguintes. Já em 2016, o PIB progrediu 0,9% quer no primeiro quer no segundo trimestres, metade do ritmo subjacente à previsão governamental de 1,8% para o conjunto do ano.

No início de Junho, a OCDE cortou as suas previsões para a economia portuguesa de 1,6% para 1,2%, antecipando uma taxa de crescimento inferior aos 1,5% registados em 2015, e uma ligeira aceleração para 1,3% em 2017.