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Vendas da indústria sofreram em Julho a segunda maior queda do ano
O índice de volume de negócios na indústria apresentou uma variação homóloga nominal de -4,5% em Julho, essencialmente explicada pelo agravamento da contracção das vendas no mercado interno.
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O índice de volume de negócios na indústria apresentou uma variação homóloga nominal de -4,5% em Julho, acentuando a contracção já observada no mês anterior (-3,1%). Esta variação ainda mais negativa deve-se essencialmente ao comportamento do índice de vendas para o mercado nacional, que diminuiu 6% após ter caído 2,7% em Junho.
Já o índice relativo ao mercado externo apresentou uma variação de -2,7%, menos negativa que os -3,4% do mês anterior. Estes resultados, divulgados nesta quinta-feira, 8 de Setembro, estão parcialmente influenciados pelo facto de Julho de 2016 ter menos dois dias úteis do que Julho de 2015, ressalva o Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em baixa os valores referentes aos meses de Junho e Maio.
Nos últimos 12 meses terminados em Julho, só em dois meses (em Julho e em Setembro de 2015) se observaram subidas no volume de negócios na indústria. A queda agora divulgada pelo INE é a segunda maior deste período, apenas superada pela contracção de 5% registada em Abril deste ano.
Todos os agrupamentos revelaram um comportamento negativo no seu volume de negócios em Julho. O de Bens de Consumo passou de um aumento de 3,3% em Junho para uma redução de 0,3% em Julho, o de Bens de Investimento diminuiu 5,1% (após uma redução de 1,9% no mês anterior), e o agrupamento de Energia recuou 4,5% em Julho, mas muito menos do que em Junho. O principal contributo para a variação do índice total foi, porém, dado pelo agrupamento de Bens Intermédios, que registou uma variação homóloga de -8% em Julho, após -1,2% no mês precedente.
Já os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas no sector apresentaram variações positivas de 1,5%, 3,4% e de 1,1%, respectivamente, semelhantes às registadas em Junho (variações de 1,6%, 3,4% e de 0,9%, pela mesma ordem).