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Consumo não cresce tão pouco desde 2013

Desde o quarto trimestre de 2013 que o consumo das famílias não crescia a um ritmo tão lento como aquele que foi registado entre Abril e Junho deste ano.

Miguel Baltazar/Negócios
31 de Agosto de 2016 às 11:45
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Depois de um crescimento robusto nos primeiros três meses do ano, o consumo privado desacelerou fortemente no segundo trimestre, mostram os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O indicador avançou apenas 1,7%, depois de aumentado 2,6%. Estes 1,7% são o valor mais baixo em quase três anos.

 

Esta variação reflecte um aumento mais modesta da compra de bens duradouros, como automóveis, que passou de 12,7% para 8,2%, entre o primeiro e o segundo trimestre. Além disso, a maior categoria do consumo privado, bens correntes não alimentares e serviços, avançou apenas 1% (também o mais baixo em quase três anos).

 

"Esta evolução deveu-se sobretudo à desaceleração do consumo privado em bens não duradouros e serviços que passou de uma variação homóloga de 1,7% no trimestre anterior para 1,0%", explica o INE. "A despesa com bens duradouros também desacelerou, apresentando taxas de variação homóloga de 12,7% e 8,2% no 1º e 2º trimestres, respectivamente, reflectindo em larga medida a evolução da componente automóvel."

 

Esta desaceleração do consumo é dos principais motivos por trás da desilusão do crescimento no segundo trimestre (0,9% após revisão em alta). A procura externa líquida até voltou a dar um contributo positivo (0,2 pontos percentuais), mas  o contributo da procura interna foi muito frágil (apenas 0,6 pontos).

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