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Primeiro-ministro defende que com austeridade haveria crescimento menor do que o actual

O PSD acusa o Executivo de estar a conduzir a uma estagnação da economia nacional. António Costa responde e diz que, com a austeridade que atribui ao anterior Governo, Portugal estaria pior. E mantém intenção de défice "confortavelmente abaixo de 2,5%".

31 de Agosto de 2016 às 16:22
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"Se tivéssemos prosseguido a linha de austeridade, de aumentar impostos, de cortar salários, de aumentar IVA, certamente ainda teríamos um crescimento menor do que temos neste momento".

 

Foi desta forma que António Costa, primeiro-ministro, comentou os dados do Instituto Nacional de Estatística, que reviu em alta o crescimento do Produto Interno Bruto de 0,8% para 0,9% no segundo trimestre do ano face ao mesmo período de 2015.

 

O primeiro-ministro mostrou-se optimista – ainda que mencionando as dificuldades de mercados "muito importantes" para as exportações nacionais – embora o novo crescimento homólogo seja metade da meta de 1,8% que o Governo tem definida para o PIB deste ano.

 

Em contraponto à "austeridade" que atribui ao Governo anterior de coligação PSD e CDS, o socialista António Costa frisou, em declarações transmitidas pela RTP3, que é necessário "acelerar os factores que contribuem para o crescimento da economia", falando na "reposição de rendimentos", na execução do programa para as empresas Capitalizar e na "aceleração da execução dos fundos comunitários".

O PSD reagiu aos dados, pela voz de Maria Luís Albuquerque, defendendo que se está a falar de "dados e factos" e que "é indesmentível que este modelo está a conduzir a economia a estagnação". Já o CDS, pela líder Assunção Cristas, argumentou que a "pequena correcção" por parte do INE não tira o país do "crescimento muito anémico para aquilo que seria necessário e para aquilo que foi prometido por este mesmo Governo". 

 

Défice "confortavelmente abaixo de 2,5%

 

Nas suas respostas aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, António Costa insistiu que não há problemas na execução orçamental até aqui e que o cumprimento do défice não está em causa.


"O objectivo que temos no défice (…) [é] de 2,5% e podemos hoje dizer que teremos um défice confortavelmente abaixo de 2,5%", declarou o primeiro-ministro, insistindo no número que tem vindo a enunciar.

 

Neste momento, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, de 5.160 milhões de euros, que envolve a mobilização de novos 2.700 milhões estatais, não vai entrar para o défice. Contudo, as regras estatísticas europeias poderão fazer com que os prejuízos acumulados pela CGD nos últimos anos (entre 2013 e 2015), o que corresponde a 0,6% do PIB, sejam incorporados no défice. 

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