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Montepio vê "leituras positivas" nos últimos indicadores económicos
O Montepio aponta para um crescimento entre 0,2 e 0,4% no PIB do terceiro trimestre, com a procura interna e as exportações a suportarem a economia portuguesa.
Os últimos indicadores que foram revelados sobre a economia portuguesa "revelaram leituras tendencialmente positivas", refere o Departamento de Estudos do Montepio, que assim reiterou as suas estimativas para o desempenho do PIB no terceiro trimestre do ano.
De acordo com as perspectivas do banco, a economia portuguesa deverá apresentar um crescimento entre 0,2% e 0,4% no terceiro trimestre, face aos três meses anteriores, "com a economia a dever ser suportada tanto pela procura interna, como pelas exportações líquidas, que deverão ter continuado a recuperar do forte contributo negativo observado no arranque do ano".
Na variação em cadeia, o PIB de Portugal cresceu 0,3% no segundo trimestre e 0,2% nos primeiros três meses do ano.
No relatório semanal publicado esta segunda-feira, o Montepio destaca os dados "favoráveis" revelados ao nível do comércio externo e, em menor grau, da construção.
O "forte desagravamento do défice comercial de bens" aponta para que as exportações líquidas tenham dado um novo contributo positivo para o crescimento do PIB no terceiro trimestre, numa amplitude superior em 0,1 pontos percentuais ao verificado no segundo trimestre.
Quanto ao volume de negócios no sector dos serviços, registou uma queda em Julho, mas no conjunto do terceiro trimestre deverá atingir um "forte acréscimo". Na construção, o Montepio antecipa o regresso ao crescimento na produção em Agosto e Setembro, pelo que o sector também deverá contribuir de forma positiva para a evolução do PIB.
A economia portuguesa tem vindo a desacelerar ao longo dos últimos doze meses, tendo esse movimento sido agravado em 2016. Depois de ter crescido 1,5% em termos homólogos no segundo trimestre de 2015, o PIB subiu 1,4% e 1,3% nos trimestres seguintes. Já em 2016, o PIB progrediu 0,9% quer no primeiro quer no segundo trimestres, metade do ritmo subjacente à previsão governamental de 1,8% para o conjunto do ano.
O indicador avançado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para Portugal estabilizou em Julho em 100,6 pontos, após quatro meses a subir, tendo regressado ao mesmo valor em que estava em Setembro de 2015, o que aponta para uma recuperação da economia portuguesa.