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Importações continuam a crescer mais rápido que exportações em Setembro

As exportações portuguesas de bens avançaram 3,7% em Setembro, mas continuam a crescer a um ritmo mais lento do que as importações, o que resulta numa degradação do saldo comercial.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Novembro de 2014 às 11:06
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As exportações portuguesas de bens avançaram 3,7% em Setembro, mas continuam a crescer a um ritmo mais lento do que as importações, o que resulta numa degradação do saldo comercial.

 

Segundo os dados publicados hoje, 10 de Novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), enquanto as exportações aumentaram menos de 4% em Setembro, as importações cresceram 5,6%, seguindo a mesma tendência que se observa desde o início do ano: suplantar os avanços das primeiras. 

 

O Governo e a troika sublinharam sempre a importância das exportações para dinamizar a actividade económica e reequilibrar o País face ao exterior. Objectivos que se esfumam se o aumento das vendas for acompanhado por mais compras. Desde o início deste ano, as importações ganharam nova vida, com acelerações superiores às exportações.

 

Os números do INE mostram que foi o comércio com outros Estados-membros da União Europeia foi o que mais contribuiu para a variação homóloga das exportações, em especial a venda de metais comuns, produtos agrícolas e plásticos, assim como borrachas. Quanto às entradas, as compras a países da UE foram também as responsáveis pelo crescimento, com destaque para veículos e outro material de transporte, combustíveis minerais e máquinas e aparelhos.

 

Se recuarmos até ao início do ano, as importações estão a crescer mais que o triplo das exportações, 3,5% e 1%, respectivamente. O resulta num défice comercial de 7.916 milhões de euros, com uma taxa de cobertura da 81,8%.

 

A diferença entre saída e entrada de bens é o que determina o saldo comercial, a componente mais importante da balança de transacções correntes. Em 2012 e 2013 tinha-se observado melhoria significativa desse indicador, normalmente designado como saldo externo. Contudo, o arrefecimento das exportações e a recuperação das importações – motivada pelo regresso do consumo privado – está a provocar um novo agravamento do saldo externo.

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