Notícia
Portugal com mais excedente externo
O saldo das contas com o exterior nos primeiros nove meses do ano atingiu 2,7 mil milhões de euros, mais 600 milhões de euros que há um ano.
O saldo das relações económicas nacionais com o estrangeiro nos primeiros nove meses do ano atingiu os 2.697 milhões de euros, mais 596 milhões de euros que o excedente de 2.101 milhões registados nos primeiros nove meses de 2013 no conjunto das balanças corrente e de capital.
Os números do Banco de Portugal, que foram avançados no boletim estatístico mensal, traduzem uma melhoria significativa na balança corrente, cujo excedente passou de 391 milhões no primeiro nove meses de 2013, para 895 milhões no final de Setembro deste ano.
Mas nem tudo são boas notícias: o excedente da balança de bens e serviços – parte da balança corrente e que mede as exportações e importações – caiu de 3.015 milhões para 2.170 milhões de euros, evidenciando as maiores dificuldades na frente externa experimentadas nos últimos meses.
Em sentido contrário estiveram as balanças de rendimentos, também parte da balança corrente: o défice no saldo dos rendimentos primários (que incluem os rendimentos de trabalho e os juros e dividendos) caiu quase mil milhões de euros em termos homólogos de 3.276,2 milhões de euros para -2.194,8 milhões; e o excedente nos rendimentos secundários (de onde se destacam as remessas de emigrantes) aumentou de 652 milhões para 919 milhões de euros.
A maior fatia dos 2.697 milhões de euros de excedente externo chegou no entanto da balança de capital (que juntamente com a balança corrente mede a posição externa do país), na qual se concentram grande parte dos fundos comunitários, que registou uma entrada de fundos muito superior às saídas, conseguindo um excedente de 1.801,9 milhões de euros no final de Setembro, mais 100 milhões do que há um ano.