As exportações portuguesas voltaram a ter um mau mês em Novembro, com uma contracção de 0,4%, mostram os dados publicados pelo INE. As importações avançaram 2,8% no mesmo mês. 

Dos 11 meses de 2014 para os quais existem dados, este é um quinto a registar uma variação homóloga negativa da venda de bens ao exterior. Os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados hoje, 9 de Janeiro, justificam esta nova descida com a diminuição das exportações de combustíveis para fora da União Europeia.

No entanto, mesmo sem descontando o "efeito combustíveis", a saída de mercadorias teria recuado 0,1%, o que significa que outros sectores tiveram também um comportamento mais negativo.

Os dados parecem apontar para um primeiro impacto da descida do preço do petróleo, que nos últimos meses caiu mais de 50%. Este movimento reflecte-se também nas importações, que aumentaram 2,8%, mas teriam crescido 5,4% se excluíssemos os combustíveis destas contas. Os sectores onde as nossas compras mais avançaram foram "produtos químicos, veículos e outro material de transporte e máquinas e aparelhos".

Estes resultados significam que o défice comercial português face ao exterior estava em Novembro nos 9,6 mil milhões de euros. Um valor cerca de mil milhões de euros superior ao que se observava em igual período de 2013, o que parece praticamente confirmar que 2014 interromperá a tendência de melhoria iniciada em 2010.