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Exportações caem pelo terceiro mês consecutivo

Continua o arranque de ano difícil para as vendas de Portugal ao exterior. Em Maio, as exportações nacionais recuaram 3,6% face ao mesmo mês de 2013, enquanto as importações cresceram 1,9%. O saldo comercial agrava-se.

Sofia A. Henriques/Negócios
10 de Julho de 2014 às 11:10
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Segundo os dados publicados hoje, 10 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o principal responsável pela quebra da saídas de bens nestes últimos três meses foram os combustíveis. Entre Março e Maio deste ano registaram uma contracção acumulada de 54,1%. O que significa que os efeitos da suspensão temporária da actividade da refinaria de Sines da Galp se estão a estender para lá do período do encerramento, podendo mesmo contagiar a segunda metade do ano, como já admitia ontem a Universidade Católica.

 

Ainda assim, não é como se as outras categorias de produtos estejam a ter um comportamento muito positivo. Em relação ao último mês apurado, o INE refere que se excluirmos os combustíveis, as exportações teriam crescido apenas 0,2%, enquanto as importações avançariam 3,8%. Isto ocorreria porque as importações de petróleo também estão a registar quedas significativas (-28,7% entre Março e Maio).

 

A contracção das exportações em Maio tem origem dentro e fora da União Europeia (UE). As exportações intra-UE caíram 1,8%, enquanto as extra-UE afundaram 7,9%. Valores que surgem depois de, em Abril, as exportações terem recuado 4,8% e 13,1%, respectivamente. Tudo somado, nos primeiros cinco meses do ano as vendas de bens ao exterior estão a cair 0,9%. Para a totalidade do ano, o Governo português esperava que as exportações de bens e serviços avançassem 5,7%.

 

Nos mesmo cinco meses deste ano, as importações estão a crescer 2,3%, com destaque para o material de transporte. Leia-se carros. Entre Março e Maio deste ano, as compras de veículos ao exterior dispararam 22%.

 

A consequência destes dois movimentos – crescimento das importações e queda das exportações – está a provocar um agravamento significativo do défice comercial. Até Maio do ano passado, o saldo que mede a diferença entre as saídas e entradas de bens no País estava nos 3,4 mil milhões de euros. Nos primeiros cinco meses do ano já engordou para 4,1 mil milhões de euros.

 

(Notícia actualizada às 11h35)

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