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Portas responde ao FMI: “Acredito mais na realidade económica do que algumas instituições”

Vice primeiro-ministro reforça que as exportações cresceram desde o início da crise, e acrescenta que acredita mais na realidade económica do que algumas instituições, que diziam que Portugal não conseguia exportar mais.

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19 de Fevereiro de 2014 às 13:50
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“As exportações portuguesas, no início da crise internacional eram 28% do produto, hoje em dia superam 40% do produto. É uma proeza das empresas e de quem nelas trabalha e eu acredito mais na realidade económica do que algumas instituições nacionais e internacionais que diziam que Portugal não conseguia exportar mais”. Foi desta forma que, esta terça-feira, Paulo Portas respondeu ao FMI.

 

O relatório da décima avaliação ao programa de ajustamento, publicado esta quarta-feira pela instituição, alerta que o aumento das exportações, enaltecido pelo vice primeiro-ministro, tem sido conseguido à custa da compressão das importações.

 

"O ajustamento externo tem sido conseguido, em larga parte, devido à compressão das

O ajustamento externo tem sido conseguido, em larga parte, devido à compressão das importações de bens
 
FMI

importações de bens que não sejam combustíveis e, ultimamente, ao crescimento das exportações de combustíveis", pode ler-se no relatório da décima avaliação ao programa de ajustamento, publicado esta quarta-feira, 19 de Fevereiro, do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

Ontem, Paulo Portas classificou as exportações portuguesas como "o porta-aviões da recuperação do nosso país”.

 

Descida de impostos com "prudência orçamental" é uma evidência

 

O vice-primeiro-ministro não respondeu ao FMI apenas no que diz respeito aos comentários da instituição à melhoria das contas externas do país.

 

A cautela demonstrada pelo FMI sobre o cenário de descida de impostos também merece um comentário depreciativo por parte de Paulo Portas, que tem defendido que se houver margem os impostos sobre as famílias deve descer em 2015.

 

“Dizer que política de moderação fiscal tem de ter prudência orçamental é a mesma coisa que

Eu acredito mais na realidade económica do que em algumas instituições nacionais e internacionais que diziam que Portugal não conseguia exportar mais
 
Paulo Portas

que dizer que o dia é claro e que a noite é escura. É uma evidência. Por isso eu tenho falado em iniciar uma política de moderação e tenho tido o cuidado de acrescentar que, dado que há restrições orçamentais”, a descida de impostos deve ser feita “faseadamente, utilizando o factor tempo”.

 

No relatório com a 10ª avaliação ao programa de ajustamento, o FMI sublinha que “qualquer decisão de descer impostos num futuro próximo - como membros do Governo português já assinalaram - não poderá comprometer o défice, tendo de ser acomodado "no envelope orçamental".

 

Uma frase que parece ter um particular destinatário (Paulo Portas) e que mereceu resposta pronta por parte do vice-primeiro-ministro. Paulo Portas assumiu as relações com a troika desde que Vítor Gaspar saiu do Governo. 

 

(Correcção: Paulo Portas disse “Acredito mais na realidade económica do que algumas instituições", e não "Acredito mais na realidade económica do que em algumas instituições")

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