Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Portas: “Portugueses merecem um final positivo do ajustamento”

Paulo Portas diz que ainda é cedo para saber como se fará a saída do programa de ajustamento, mas que os portugueses merecem um final positivo. Para o vice primeiro-ministro é preciso explicar à sociedade qual é a nova "normalidade".

Bruno Simão/Negócios
19 de Fevereiro de 2014 às 14:56
  • 20
  • ...

“Estamos a três meses do fim do programa de ajustamento. Portugal é considerado globalmente cumpridor e os portugueses merecem um final positivo do ajustamento porque trabalharam muito”, disse Paulo Portas no evento “The Lisbon Summit”, promovido pela revista “The Economist”, esta quarta-feira, 19 de Fevereiro. “Para a União Europeia também é importante que haja um caso bem-sucedido no sul”.

 

Sobre a estratégia de saída do programa de ajustamento, o vice-primeiro-ministro garantiu que ainda é cedo para saber se será com ou sem programa cautelar. “Ainda é cedo para saber como se fará a saída. A Irlanda só anunciou a decisão em Novembro e o final foi em Dezembro”, lembrou. “O nosso fim é em Maio e estamos a tempo de, no momento certo, anunciar a decisão. Um pouco mais de paciência é um pouco mais de prudência”.

 

Paulo Portas recordou ainda que, findo o programa de ajustamento, não será possível regressar à irresponsabilidade financeira, e que há muitos portugueses a pagar a factura da crise.

 

“Nenhum país passa impunemente por um processo de ajustamento como Portugal passou. Há muita gente a passar dificuldades”, reconheceu. “O fim do programa não significa autorização para voltar à irresponsabilidade financeira”.

 

No entanto, acrescentou, “também não podemos viver em excepcionalidade permanente”. “É preciso dizer à sociedade portuguesa qual é a nova normalidade, o que o Estado pode garantir e em que meios”.

 

“Quem vive um período de ajustamento no quadro de um ‘bailout’ sabe que é uma boa aspiração podermos viver em condições normais, como vivem as sociedades europeias que são bem governada e prósperas”, concluiu. 

Ver comentários
Saber mais Portugal The Economist União Europeia Paulo Portas política economia negócios e finanças
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio