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Exportações terão superado “muito provavelmente” 40% do PIB em 2013

Pires de Lima anunciou que as vendas para o exterior terão representado mais de 40% da riqueza criada no país. As empresas portuguesas ganharam quota a nível global graças à “qualidade dos portugueses”, que estão a ficar bons a vender.

26.º- António Pires de Lima 
Nova entrada deste ano, após nomeação (muito aplaudida) para ministro da Economia.
Bruno Simão/Negócios
18 de Fevereiro de 2014 às 20:11
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Era um objectivo de Álvaro Santos Pereira mas o anúncio foi feito esta terça-feira, 18 de Fevereiro, por António Pires de Lima: as exportações nacionais deverão ter superado, no ano passado, mais de 40% da riqueza criada em Portugal.

 

“Em 2009, as exportações representavam 28% da riqueza criada. Em 2013, o valor terá, muito provavelmente, superado 40% da riqueza que criámos”, afirmou o actual ministro da Economia, Pires de Lima, na “The Lisbon Summit”, conferência promovida pela “The Economist”, que se realizou esta terça-feira em Cascais.

 

Esta era já uma ambição do antecessor na pasta da Economia, Santos Pereira, que tinha dito, no início do ano passado, que o peso das exportações poderia ultrapassar, em 2013, os 40% do produto interno bruto (PIB). Algo que não acontece há décadas. Nos últimos anos, não têm ultrapassado os 30%. Na altura, o governante afirmou que um dos problemas do país era a fraca capacidade exportar, dado que deveria vender para o estrangeiro de “70% a 90% do PIB”. Ainda assim, em Abril do ano passado, o objectivo era chegar a 2020 com um rácio de 50%.

 

Segundo afirmou Pires de Lima esta terça-feira, Portugal acumula em 2013 cinco anos consecutivos de ganhos de quota de mercado na exportação. O valor é conseguido pela subida das vendas para o exterior mas não só. O PIB também tem recuado, verificando uma queda histórica. Este rácio só poderá ser calculado com precisão quando for conhecido o valor do PIB no ano passado, o que só deverá acontecer em Março.

 

Na sua intervenção, o ministro sublinhou ainda que as exportações nacionais (o "porta-aviões da recuperação económica", nas palavras de Paulo Portas) têm evoluído positivamente, com uma taxa anual que supera a evolução do comércio internacional – ganhando quota às concorrentes estrangeiras, como salientou Pires de Lima. Em 2013, a taxa de crescimento das exportações foi de 4,6%.

 

Este comportamento deve-se, de acordo com o ministro da Economia, “à qualidade dos portugueses”. “ Nós, portugueses, estamos a mostrar que somos bons. Bons a produzir, a acolher e a receber e também estamos a ficar melhores a vender”, explicou, num dia em que Pedro Reis, presidente da AICEP, recusou o receio de que possa haver uma fadiga face às exportações nacionais.

 

“Toda esta capacidade empresarial dos portugueses não dispensa uma especial atenção ao financiamento das empresas portuguesas e um projecto que é determinante é a execução da união bancária em 2014 e 2015. Caso contrário, continuaremos a viver numa união económica com regras distorcidas em função da nacionalidade da empresa”, concluiu ainda Pires de Lima na sua intervenção em Cascais. 

 

Sobre um outro indicador, o ministro da Economia especificou que é expectativa do Governo que "a taxa de desemprego possa continuar a reduzir-se, gradualmente, ao longo de 2014". A taxa de desemprego, que chegou a subir a um máximo histórico de 17,7% em Março de 2013, ficou em 15,3% entre Outubro e Dezembro do ano passado. A afirmação de Pires de Lima contraria a previsão do Governo, acordada com a troika, que é a de que a taxa se fixe, este ano, em 17,7%.

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