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Maioria dos europeus quer transição ecológica mais rápida

Mais de um terço dos europeus sente-se exposto a riscos ambientais e climáticos. Eurobarómetro mostra apoio à redução das emissões, às energias renováveis e à eficiência energética.

24 de Julho de 2023 às 08:36
Segundo a AIE, as energias renováveis vão suplantar as fontes fósseis.
Getty Images
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De acordo com um novo inquérito Eurobarómetro, a grande maioria dos europeus (93%) considera que as alterações climáticas são um problema grave que o mundo enfrenta e mais de metade (58%) considera que é preciso acelerar a transição para a economia verde, face à escalada de preços da energia e às preocupações com o aprovisionamento de gás, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Do ponto de vista económico, 73% dos europeus concordam que o custo dos danos causados pelas alterações climáticas é muito mais elevado do que o investimento necessário para a transição ecológica. E três quartos (75%) concordam que a adoção de medidas de ação climática conduzirá à inovação.

Os dados indicam que 88% concordam que as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) devem ser reduzidas ao mínimo, compensando simultaneamente as restantes emissões para tornar a União Europeia (UE) climaticamente neutra até 2050.

Cerca de 87% consideram importante que a UE estabeleça metas ambiciosas para aumentar a utilização de energias renováveis e um número semelhante (85%) considera importante que a UE tome medidas para melhorar a eficiência energética, por exemplo, incentivando as pessoas a isolarem as suas casas, instalarem painéis solares ou comprarem automóveis elétricos.

"Os cidadãos europeus compreendem a ameaça das alterações climáticas e continuam a apoiar a ação climática da UE, dos governos nacionais, das empresas e das próprias pessoas. Reconhecem os riscos a longo prazo colocados pelas crises do clima e da biodiversidade, mas também a oportunidade de construir um futuro melhor, mais saudável e mais seguro se agirmos agora na transição ecológica", refere Frans Timmermans, vice-presidente executivo do Pacto Ecológico Europeu. E acrescenta que "os resultados deste inquérito reafirmam com segurança que o apoio popular para avançar com o Pacto Ecológico Europeu continua a ser tão elevado como nunca. Cabe aos políticos e aos decisores políticos ter em conta este apelo".

Neste Eurobarómetro, os cidadãos mostram-se empenhados em ações individuais e reformas estruturais. A grande maioria (93%) dos cidadãos da UE está já a tomar medidas individuais em resposta às alterações climáticas e a fazer conscientemente escolhas sustentáveis na sua vida quotidiana.

Contudo, quando questionados sobre quem é responsável pela luta contra as alterações climáticas, os cidadãos sublinharam a necessidade de realizar outras reformas que acompanhem a ação individual, referindo a responsabilidade dos governos nacionais (56%), da UE (56%) e das empresas e da indústria (53%).

Os cidadãos sentem também a ameaça das alterações climáticas na sua vida quotidiana. Em média, mais de um terço sente-se pessoalmente exposto a riscos e ameaças ambientais e climáticos, com mais de metade a sentir-se desta forma em sete Estados-Membros, principalmente no sul da Europa, mas também na Polónia e na Hungria. 84% dos europeus concordam que a luta contra as alterações climáticas e as questões ambientais deve ser uma prioridade para melhorar a saúde pública, enquanto 63 % dos inquiridos concordam que a preparação para os impactos das alterações climáticas pode ter resultados positivos para os cidadãos da UE.

O Eurobarómetro sobre as alterações climáticas procedeu a um inquérito junto de 26 358 cidadãos de diversos grupos sociais e demográficos nos 27 Estados-Membros da UE.

 

 

 

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