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25 de Setembro de 2009 às 18:34

Quem merece ganhar as eleições e porquê?

Manuel Falcão e Leonel Moura dizem quem deve ganhar as eleições. Veja aqui as opiniões dos colunistas do Negócios.

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Manuel Falcão e Leonel Moura dizem quem deve ganhar as eleições. Veja aqui as opiniões dos colunistas do Negócios.





Do ponto de vista do desenrolar da campanha, Paulo Portas merecia ganhar as eleições - o que, no seu caso, quer dizer fazer aumentar a votação e a representação parlamentar do PP. Ele foi o candidato mais esforçado, verdadeiramente todo-o--terreno, atento a problemas concretos, o mais preocupado com a agricultura, coerente do princípio ao fim, e, provavelmente, o candidato que menos "gaffes" cometeu no percurso e que melhor ultrapassou todas as provas.

Do ponto de vista do desenrolar da campanha, Paulo Portas merecia ganhar as eleições - o que, no seu caso, quer dizer fazer aumentar a votação e a representação parlamentar do PP. Ele foi o candidato mais esforçado, verdadeiramente todo-o--terreno, atento a problemas concretos, o mais preocupado com a agricultura, coerente do princípio ao fim, e, provavelmente, o candidato que menos "gaffes" cometeu no percurso e que melhor ultrapassou todas as provas.

Mas é o partido mais votado que é convidado a formar Governo e, assim, espero que a vitória seja de Manuela Ferreira Leite - não seria a primeira vez que uma candidatura que fez grande parte da campanha ao contrário do que se considera mediaticamente correcto consegue bons resultados.

Isso pode acontecer quando o eleitorado quer dar sinal de mudança e, neste caso, Ferreira Leite explorou bem o discurso anti-autoritário, a denúncia dos abusos do Estado, a distanciação em relação à promiscuidade entre negócios e política, a necessidade de estabelecer novas prioridades em função da situação do país e a certeza de bom senso em eventuais coligações futuras. Com um número ainda tão elevado de indecisos, estes podem revelar-se bons argumentos eleitorais.





José Sócrates é neste momento o centro da vida política nacional já que todos os intervenientes, sem excepção, se referem constante e quase exclusivamente a ele. Acresce que Sócrates é também o único dirigente partidário que tem um discurso positivo para o país, pois todos, de Francisco Louçã a Paulo Portas, usam o negativismo e o medo como forma de conquistar votos junto dos descontentes. Neste contexto, nestas eleições, coloca-se claramente a questão de saber se os portugueses querem que José Sócrates continue o seu programa de modernização de Portugal ou, pelo contrário, se optam pela incógnita ou, ainda pior, por um retrocesso civilizacional.


Por mim, que me interessa sobretudo a cultura, a ciência, a criatividade e a inovação, não tenho a mínima hesitação. É preciso continuar a modernização tecnológica, a reforma da educação, a aquisição de novas competências, a nossa ligação à Europa e ao mundo, a expansão das empresas mais dinâmicas e avançadas, a promoção dos sectores mais inovadores. Por isso, Sócrates não merece só vencer. A sua vitória é um imperativo nacional pois não temos outra alternativa senão fazer parte deste exigente mas igualmente fascinante século XXI.





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