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Miguel Coutinho 18 de Janeiro de 2006 às 13:59

O candidato do Governo

Na visita aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Mário Soares disse o que competia dizer ao Governo - que a empresa não será privatizada.

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Erro de palmatória: o facto não faz do candidato Mário Soares um pombo-correio governamental mas também não lhe dá o distanciamento que a função presidencial exige. Uma fonte da candidatura de Soares apressou-se a esclarecer que qualquer outro candidato poderia obter aquela informação junto do Governo. Mas, partindo do princípio que o ministro da Defesa tirara o dia para informar os candidatos presidenciais, que teriam Louçã, Cavaco, Jerónimo ou Garcia Pereira a ganhar em falar em nome do Governo ou em assumir um compromisso em nome deste? Na mesma semana em que dois ministros tomaram as dores do candidato e atacaram sem piedade Cavaco Silva, o facto de Mário Soares ter ‘inside information’ governamental está longe de ser uma vantagem competitiva. Numa palavra, fragiliza-o. A colagem entre Mário Soares e o Governo surge como o facto político mais relevante da última semana de campanha das eleições presidenciais. E é o melhor que poderia acontecer a Cavaco Silva e, sobretudo, a Manuel Alegre.
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