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REN aponta para injeção de gases renováveis na sua rede no prazo de três anos

Os vencedores do primeiro leilão de gases renováveis financiado através do Fundo Ambiental comprometeram-se com um prazo máximo de três anos, após a data de concessão do auxílio, para a primeira injeção de gases renováveis no Sistema Nacional de Gás (SNG).

Neste momento, as seis cavidades de armazenamento subterrâneo de gás operadas pela REN no Carriço pertencem aos operadores.
Sofia A. Henriques
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A REN - Redes Energéticas Nacionais anunciou esta segunda-feira que as primeiras injeções de gases de origem renovável - hidrogénio e biometano - na rede nacional de transporte de gás natural que a empresa opera deverão acontecer "nos próximos 36 meses".  

Isto, explica a REN em comunicado, porque os vencedores do primeiro leilão de gases renováveis financiado através do Fundo Ambiental se comprometeram com um prazo máximo de três anos, após a data de concessão do auxílio, para a primeira injeção de gases renováveis no Sistema Nacional de Gás (SNG).

Tal como anunciado pela Direção Geral de Energia (DGEG), o leilão resultou na adjudicação de 1.990 megawatts-hora por ano (MWh/anos) de biometano ao preço de 62 euros/MWh e de 119.280 MWh/ano de hidrogénio renovável ao preço de 127 euros/MWh.

Entre os vencedores do leilão estiveram empresas como a Dourogás Renovável, a única a candidatar-se à produção de biometano, enquanto no hidrogénio (para injeção na rede nacional de transporte) a PTSUNHYDROGEN arrematou dois lotes de 11.029 MWh/ano, a WINPTX ficou com 30.000 MWh e a Marte Boémio com 7.000 MWh, num total de 59.058 MWh. 

Para injetar hidrogénio na rede de distribuição, a vencedora foi a Hychem, com 30.000 MWh/ano, seguida pela WP2X (17.500 MWh/ano), a CME (7.722 MWh/ano) e a Essential Advantage (5.000 MWh/ano).  

De acordo com a REN, isto permitirá "incorporar os primeiros projetos de produção de gases renováveis para injeção no sistema nacional de gás, em particular de hidrogénio.


O leilão, no valor de 140 milhões de euros (a 10 anos, 14 milhões por ano), permite contratos de longo prazo para a injeção de hidrogénio renovável na Rede Pública de Gás. As quantidades de gases renováveis fixadas neste leilão serão compradas pelo Comercializador de Último Recurso grossista (Transgás, empresa do Grupo Galp) para injeção nas redes de transporte e distribuição, operadas pela REN e pela Floene, respetivamente.

Em 2022, a REN implementou o Programa H2REN, tendo conseguido em 2024 a certificação de todas suas infraestruturas para o transporte, distribuição e armazenamento de misturas de hidrogénio com gás.

Este processo de certificação, assegurado pela entidade certificadora Bureau Veritas, na sequência dos estudos especializados desenvolvidos entre 2022 e 2024, confirmou que, tecnicamente e mediante a realização de um conjunto de adaptações, a REN reúne as condições para transportar misturas de hidrogénio com gás até 10% na Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG) e no Armazenamento Subterrâneo do Carriço (AS Carriço) e até 20% na Rede Nacional de Distribuição de Gás (RNDG) operada pela REN Portgás.


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