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Opinião
05 de Agosto de 2010 às 12:58

As emoções no agir

As emoções afectam a forma como se age. Há que saber geri-las em usá-las em benefício do cumprimentos de objectivos.

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São diversas as variáveis que entram em jogo no momento de decidir. As possíveis indecisões ficam com menor espaço de hesitação se forem bem identificados os objectivos e se os meios propostos para os alcançar se situarem num nível realista e passíveis de avaliação.

Mas há sempre imponderáveis. Por melhor que se desenhem estratégias, se definam metas quantificáveis, se construam equipas bem seleccionadas, há um factor constante que não se pode ignorar: a emoção. Na motivação humana, esta é uma condição importante.

Emoções e sentimentos podem não ser decisivos mas tem que se contar com a sua existência.
As emoções e o sentimento podem não ser decisivos, mas conseguem potenciar com o seu entusiasmo uma dada medida ou, pelo contrário, impedir a concretização de uma iniciativa que tenha sido bem planeada e que resolvia determinada situação.

O verdadeiro ponto nevrálgico é o equilíbrio que cada um se deve esforçar por alcançar entre o que é racional, objectivo, real e aquilo que é decidido por um interesse pessoal. É importante conhecer-se a si próprio ao analisar de que modo se decide. As emoções afectam o agir através por exemplo, do peso das boas ou más recordações; dos anseios individuais de projecção; de possíveis invejas contra um colega, etc. Por isso, é necessário conhecê-las e orientá-las bem, pois há o risco de se deixar prender numa teia cada vez mais enredada.

Que cada um se conheça bem é difícil, pois os próprios sentimentos impedem um exame imparcial de si mesmo. Torna-se assim tão eficaz contar com alguém de confiança com quem se possa desabafar e indique diferentes perspectivas, mostrando no fundo, porque razão realmente actuamos e o que procurávamos atingir. Também nos negócios, "o coração tem razões que a razão não entende" (Pascal).




"A Origem"




Título original: "Inception"
Realizador: Christopher Nolan
Actores: Leonard di Caprio; Ellen Page
Música: Hans Zimmer
Duração: 148 min. / Ano: 2010


Um investigador consegue desenvolver conhecimentos e uma técnica de "roubar" ideias às pessoas entrando na sua mente. Ao aplicar na sua própria família essas experiências, os resultados não foram os esperados e acabaram mal. Agora procurava a toda a custa remediar a situação que causara. No entanto, aceita envolver-se em esquemas e negócios menos claros e transparentes. Numa tentativa de resolver tudo de uma vez por todas, aceita um último desafio.

Elabora uma estratégia. Cria uma equipa e vai ao encontro de cada um. Nem todos se apercebem da real dimensão da questão. Só uma rapariga ao investigar mais a fundo o problema é que se dá conta dos riscos. Aceita-os e acaba por merecer a confiança dele.

Com tudo preparado, põe em prática o plano. Tudo corre conforme o programado mas de repente, surgem interferências. As emoções e recordações aparecem quando menos se espera e afectam o desempenho pessoal. Tinha de encarar frontalmente esses assuntos. Fala com a rapariga. Explica-lhe o que sente e o que se passa. Conta também com o apoio dos outros, o que virá a ser decisivo para o êxito do projecto. Todos conheciam o objectivo e lutam por ele.
A acção desenrola-se a um ritmo digno das narrativas empolgantes, mas no final, o que conta é a sensação do dever cumprido, graças à dedicação de todos e à coragem em se enfrentar a si próprio.




Tópicos de análise:


• O impacto emocional deve ser avaliado ao analisar um projecto.
• A experiência do passado é útil ao planear o futuro.
• O auto-conhecimento ajuda a melhorar o domínio pessoal e um bom desempenho.








"Green Zone, Combate pela Verdade"




Título original: "Green Zone"
Realizador: Paul Greengrass
Actores: Matt Damon; Brendan Gleeson
Música: John Powell
Duração: 115 min. / Ano: 2010


Tal como aconteceu com a guerra do Vietname, também o conflito no Iraque começa a ser palco de vários filmes mais ou menos ficcionais ou realistas. Neste caso, encontramos um oficial encarregado de descobrir as "armas de destruição maciças". Depois de várias missões infrutíferas, começa a desconfiar de que exista algum erro nessas ordens que recebe. Quer investigar de quem parte essa decisão de investigar os locais suspeitos, mas onde nada se encontra. Fala com uma jornalista. Os "mass media" poderiam ajudá-lo com pistas, mas sente que também estão sujeitos a pressões e ânsia de respostas que levam a informações inexactas, como acontece ao confrontar a repórter com os dados que ela transmitia como sendo de fonte fidedigna. De facto, o rapaz consegue contactar directamente com um general inimigo, a tal "fonte", o que ninguém conseguira até aí. Mas como?

A explicação da história vai ser desempenhada por um iraquiano. Ele tinha um grande interesse pessoal em querer encontrar e "apanhar" esse mesmo general. Provou ao oficial americano que era de confiança. Deu pistas concretas e reais que se confirmaram verdadeiras. Trabalhando juntos alcançam o objectivo. Estava empenhado a sério nessa questão. No final, vai conseguir resolver tudo à sua maneira, mas de um modo que pode parecer incompreensível a outros olhos. É que nem toda a satisfação é quantificável materialmente.




Tópicos de análise:


• O entusiasmo cresce perante desafios nobres e elevados.
• Ouvir opiniões alheias ajuda a não nos guiarmos cegamente por interesse pessoal.
• A percepção de algo na sua totalidade só se adquire confrontando várias fontes.








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