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Opinião
07 de Março de 2013 às 11:14

A força do apoio familiar

O facto de uma pessoa se sentir amada e estimada, transmite-lhe segurança.

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A estabilidade emocional é um factor primordial para o desenvolvimento da personalidade e talentos de cada um. O facto de uma pessoa se sentir amada e estimada, transmite-lhe tal segurança, que estimula um indivíduo a lançar-se a projectos que superam as suas capacidades imediatas.


Esta é a força da família: um espaço onde todos os membros são queridos tal como são, sem necessidade de usarem máscaras, potenciando as suas qualidades e lutando contra os seus defeitos sem temor de serem rejeitados ou gozados.

 

Compartilham ideais e aspiram a um bem maior do que os seus interesses, procurando todos dar o seu melhor. A família pode, assim, tornar-se num potente motor de arranque onde a pessoa se supera a si própria.

 

O ambiente familiar é um porto seguro onde recuperar energias para enfrentar um mundo competitivo e conflitivo.

O ambiente familiar é um porto seguro onde recuperar energias para enfrentar um mundo competitivo e conflitivo. Numa família aceitam-se os fracassos, aprendendo com os erros a emendar trajectórias.

 

As vitórias celebram-se em conjunto e ganha-se ânimo para as batalhas do dia-a-dia. Claro que em qualquer família há problemas, mas o esforço em ultrapassá-los gera uma criatividade e fortaleza que serão úteis para os embates na vida social e profissional.


Os dois filmes em análise estão baseados em casos reais. Não relatam situações idílicas, daquelas em que tudo corre bem. Pelo contrário, as personagens retratadas confrontaram-se com vicissitudes difíceis e complexas. Poderiam ter querido resolver apenas o "seu problema particular", mas pensaram e actuaram "para e com" os outros elementos da família, o que fez com que conseguissem encontrar a força que a todos fez triunfar.

 

 

 

"Hitchcock"


Realizador Sacha Gervasi
Atores Anthony Hopkins; Helen Mirren
Duração 98 minutos
Ano 2012


Alfred Hitchcock é considerado um dos mestres do "suspense", com os seus mais de 50 filmes, entre eles algumas "obras-primas" . No auge da carreira, em 1959, quer realizar "Psicho" mas os estúdios de cinema recusam apoiá-lo. Este filme narra como é que então surge "Psico" e se vem a tornar num sucesso inesquecível.


Hitchcock empenha-se pessoalmente, resolvendo hipotecar a casa e grande parte da fortuna para financiar o filme. A sua mulher, Alma, apoia-o nessa decisão. No entanto, durante a rodagem o casamento deles entra em crise. As relações entre ambos esfriam-se. Surgem suspeitas de traição. O ambiente familiar tenso repercute-se nas filmagens que pioram cada vez mais. Nada sai bem, até que os dois decidem enfrentar-se com sinceridade. Questionam o sentido das suas vidas em conjunto. Falam e esclarecem os problemas. Tudo se resolve.

 

Hitchcock adoece mas a sua mulher entra em acção. Conhece bem o marido e é a sua mais fiel colaboradora. Intervém nas próprias filmagens onde todos a aceitam. É competente no que aconselha e sugere ao marido pormenores na montagem que serão essenciais. Na estreia o impacto é enorme.


Em 1979, ao receber um prémio do American Film Institute, Hitchcock confirma que a intervenção de Alma em muitos dos seus filmes fora decisiva para o êxito obtido.


Tópicos de análise
 Saber-se e sentir-se estimado ajuda a enfrentar os problemas diários.
 A estabilidade emocional potencia a criatividade na vida profissional.
 O conselho de alguém próximo é eficaz pois sabe melhor o que se pretende.

 

 

 


"O Impossível"


Realizador Juan Antonio Bayona
Atores Naomi Watts, Ewan McGregor
Duração 114 minutos
Ano 2012


No dia 26 de Dezembro de 2004 um "Tsunami" invade com ondas gigantes as zonas costeiras de muitos países do Índico. Este filme narra a história real de uma família em férias numa estância turística e que será testemunha de como em situações de crise, a natureza humana é capaz do seu pior e do seu melhor.


Um casal com três filhos rapazes aproveita a quadra natalícia para uns dias de descanso. De repente, a tragédia abate-se enquanto todos brincavam na piscina.


A mãe é arrastada pelo turbilhão das águas. Ferida pelos escombros vê um dos filhos ao longe na corrente. Isso dá-lhe forças para se aguentar quando já estava prestes a capitular. Consegue juntar-se a ele e apoiando-se um no outro acabam vivos num hospital. Indica-lhe o que deve fazer e orienta-o então para funções adequadas às suas capacidades e que ela tão bem conhece. Essa acção será decisiva para o reencontro final.


Entretanto o pai também sobrevivera. Encontra os outros dois filhos mas arrisca separar-se deles, deixando-os a salvo para ir em busca da mulher e do outro rapaz. Telefona aos sogros e essa conversa dramática dá-lhe novo ânimo para continuar.


É o interesse de uns pelos outros que os leva a superarem os perigos e serão os diferentes "modos de ser" de cada um que contribuirão para o encontro de todos.


Tópicos de análise
 Lutar para além dos próprios interesses fortalece a motivação pessoal.
 Para atribuir uma tarefa adequada a alguém é preciso conhecê-la bem.
 As capacidades de cada um potenciam-se quando são estimadas pelos outros.

 

 

 

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