Depreende-se do cuidado com que o primeiro-ministro procurou descrever o sentimento económico – é cedo mas há condições. Para em 2008 se concretizar o alívio da carga fiscal, ainda a tempo de se cumprir outra etapa: a renovação da maioria absoluta. Estarão então reunidas as condições para, num segundo e último mandato, Sócrates deixar o seu cunho: a reforma da administração pública. O choque será perceptível a partir de 2010, data redonda na agenda do primeiro-ministro.

Que ninguém se iluda: Sócrates sabe o que tem que fazer para ficar na história. Está a fazer.

P.S. Apenas uma nota sobre o caso da licenciatura de Sócrates divulgado pelo Público: não é normal que alguém assine uma cláusula de confidencialidade sobre a sua história escolar. A não ser que se tenha vergonha da história e se queira guardar um segredo.