Opinião
Lá como cá, Jardim está caduco
Alberto João Jardim não quer José Pedro Aguiar Branco. Porquê? Porque “esse senhor” (dois nomes próprios com apelido em duplicado) pertence à “alta burguesia do Porto” e, pour cause, “não tem hipótese nenhuma de chegar a líder do PSD”. Se Jardim, Alberto
O PSD mergulhou na trampa, palavra que todos, burguesia, clero e povo, conhecem e usam. Quer dizer: se valesse o raciocínio triturador (tendo em conta a curva eleitoral) de Alberto João Jardim, o critério assentaria na mesquinhez do que é pessoal. O partido e, por extensão, o país não deveria escolher em função das capacidades e qualidades de cada um, mas tendo em conta a proveniência, nome, cara, altura e peso, da alma candidata à coisa pública. Ou seja: deveríamos ser todos como Jardim, num processo de clonagem construtor da bela espécie triunfante, continuada por Menezes, Santana, Ribau e companhia. O problema é outro: Jardim está caduco e, lúcido, agarra raízes para respirar vivo. Ele sabe que os elogios de Gama (Matos da Gama, Jaime José) são de quem acabou cronómetro de “um bando de loucos” que povoa o parlatório do regime. Ele, Alberto João, sente os cânticos para amanhãs que só cantam ao ouvido. E é isso que o faz estrebuchar quando engole a insubordinação: o PSD da ilha contraria a preferência do “mais velho”. E é o partido quem escolhe. Eis o que mata o morto. Lá como cá.
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