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S&P volta a cortar "rating" do BES após Rioforte falhar pagamento à PT

A agência de notação financeira Standard & Poor’s anunciou uma descida de dois níveis da classificação do Banco Espírito Santo, para o sexto nível de "lixo". Está no último patamar antes de entrar na categoria ‘C’.

Bloomberg
16 de Julho de 2014 às 19:06
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A S&P cortou o "rating" do BES em dois níveis, de "B+" para "B-", citando o facto de, a 16 de Julho, a Portugal Telecom ter declarado que a Rioforte, subsidiária da Espírito Santo International (ESI), falhou o reembolso dos 850 milhões de euros dos instrumentos de dívida chegados à maturidade.

 

Na passada sexta-feira, a agência tinha já cortado o "rating" do BES em um nível, passando-o para o quarto nível "lixo". Nesse dia, alertou que colocava a notação do banco "sob vigilância" com implicações negativas. Agora, cortou de novo a notação do BES, que já está seis níveis abaixo de "lixo", e manteve o chamado "credit watch with negative implications". E fez o mesmo ao Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), que ficou com o mesmo "rating" que o BES.

 

Além da falha de pagamento da Rioforte à PT, "tem estado a ser avançado que a ESI, de par com algumas outras entidades do Grupo Espírito Santo (GES), poderá pedir protecção de credores", refere o relatório da Standard & Poor’s, salientando que estes rumores começaram a suceder-se depois de o Espírito Santo Financial Group (ESFG) ter pedido no passado dia 10 de Julho à CMVM para que a negociação das suas acções fosse suspensa em bolsa enquanto avalia o impacto financeiro da sua exposição à ESI.

 

"Por isto, estamos convictos de que há uma possibilidade acrescida de o ESFG registar um impacto financeiro negativo adicional devido à sua exposição e ligações à ESI e a outras entidades do GES, além da provisão de 700 milhões de euros que já tinha reportado nas contas do final de 2013", salienta.

 

E prossegue: "Há, pois, uma maior probabilidade, no nosso entender, de um impacto negativo na nossa avaliação da solvência do BES, dada a magnitude da exposição directa do BES – e, consequentemente das perdas potenciais – às entidades do ESFG e à Rioforte".

 

"Atendendo a estes desenvolvimentos, acreditamos também que existem maiores riscos potenciais para o perfil financeiro do BES, relacionados com a sua exposição e ligações ao GES, o que debilita ainda mais o seu perfil de risco".

 

Assim, resume a agência, "estamos a cortar o "rating" da dívida de longo prazo do BES de B+ para B-, reflectindo a nossa avaliação de que a solvência do BES e o seu perfil de risco estão agora fragilizados".

 

A S&P mantém o "rating" do banco "sob vigilância", com implicações negativas, "indicando assim que poderemos descer de novo a classificação se o negócio do BES ou a sua situação financeira se debilitarem além das actuais perspectivas", avisa a agência.

 

Se a Standard & Poor’s cortar novamente o "rating" do BES, basta uma descida de um nível para entrar no patamar da letra C (o primeiro nível deste patamar é CCC+), o que significa que se considera haver um "elevado risco de incumprimento, com a capacidade de pagamento a depender de condições favoráveis e sustentáveis".

 

(notícia actualizada às 19h29)

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