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Governo acredita que entrada de Bento no BES permite "estabilização mais rápida"
Foi sem grandes afirmações que os representantes do Executivo presentes na conferência de imprensa após o conselho de ministros falaram sobre o BES. Marques Guedes acredita que virá estabilidade com a equipa de Bento. Algo que Passos já tinha dito.
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O Governo continua sem querer alongar-se relativamente ao Banco Espírito Santo. Pires de Lima, o ministro da Economia, recusou-se a prestar declarações. Marques Guedes, ministro da Presidência, remeteu para as afirmações já feitas pelo primeiro-ministro. Contudo, ainda fez um comentário.
"Há um dado novo: a entrada da nova administração que permite uma estabilização mais rápida de todo o processo", disse Luís Marques Guedes na conferência de imprensa após o conselho de ministros desta quinta-feira, 17 de Julho.
O Banco de Portugal pressionou o afastamento de Ricardo Salgado da liderança do BES, no passado domingo. Vítor Bento foi quem o substituiu, acompanhado de João Moreira Rato, agora administrador com o pelouro financeiro, e de José Honório, vice-presidente.
"O Governo não tem nada a acrescentar". Passos Coelho. "O facto de estarmos próximos - segundo as notícias que vieram a público - de poder ter uma nova administração no banco que tem um carácter tecnocrático e profissional, que não se confunde com os administradores do Grupo Espírito Santo, que isso ajude à generalidade das pessoas a fazer melhor essa diferença e seja um factor de estabilização e de confiança para o próprio banco", disse o primeiro-ministro a 5 de Julho antes de confirmada a nova administração dia 14.
Uma novidade que não chegou para impedir cortes na classificação de risco da dívida do BES e da sociedade Espírito Santo Financial Group, através da qual a família Espírito Santo tem uma participação de 20,1% no banco. Ainda hoje, a Moody's castigou em dois níveis o "rating" do ESFG, depois de ontem a S&P ter cortado o BES.
Sobre a questão dos "ratings" e o seu impacto na economia portuguesa, o ministro da Economia, António Pires de Lima, recusou-se a responder à pergunta de um jornalista na conferência de imprensa. "Não vou usar este espaço para responder. Nem este nem outro", garantiu.