A Mooyd’s reviu em baixa o "rating" da Espírito Santo Financial Group (ESFG) em dois níveis, de "Caa2" para "Ca", de acordo com uma nota divulgada esta quinta-feira, 17 de Julho. Esta nota está 10 níveis abaixo do patamar a partir do qual se considera investimento especulativo, ou seja, "lixo".

"Esta decisão conclui a revisão iniciada a 26 de Junho e prolongada a 9 de Julho", revela a nota a que o Negócios teve acesso.

"A descida [do rating] da ESFG reflecte o aumento do risco de incumprimento da ESFG e as perdas significativas dos credores da ESFG em resultado dos muito recentes desenvolvimentos na ESFG e dos seus accionistas com problemas", referindo-se à Espírito Santo International (ESI) e à Rioforte.

A agência de notação financeira reitera, ao longo da nota, que o corte está relacionado com o "aumento do risco de incumprimento do grupo, conjugado com potenciais perdas significativas para os detentores de obrigações. O risco reflecte "a elevada exposição directa à ESI e Rioforte", cujo montante era, em Junho de 2014, de 2,35 mil milhões de euros, realça a casa de notação financeira.

A Moody’s salienta que "a contínua opacidade em torno da saúde financeira do Grupo Espírito Santo contribui para o aumento das preocupações com o perfil de crédito do ESFG."

Em causa está a falha de pagamento de 847 milhões de euros por parte da Rioforte à PT na última terça-feira. Além disso, os investidores aguardam pela divulgação do plano de reestruturação do GES de forma a perceberem a real situação do grupo e das diferentes empresas do grupo, bem como as soluções encontradas para resolver as diferentes situações. Com esta informação será possível perceber qual o impacto dos problemas das empresas do universo Espírito Santo no BES e na ESFG.

(Notícia actualizada às 12h04 com mais informação)