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BES acentua queda e desvaloriza mais de 9%

O BES continua em queda, tendo já depreciado mais de 14% durante a manhã, num dia em que as acções estão a reflectir cortes de "rating" do BES e da ESFG.

17 de Julho de 2014 às 14:18
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BES está a descer 9,45% para 41,2 cêntimos, tendo chegado já a perder um máximo de 14,07% para 39,1 cêntimos. Esta queda acentuada surge um dia depois da agência S&P cortar o rating do banco em dois níveis para o sexto nível de "lixo" depois de a Rioforte ter falhado o pagamento de 847 milhões de euros em papel comercial à Portugal Telecom.

 

Já durante a manhã desta quinta-feira, a Moody’s também voltou a cortar "rating" da ESFG em dois níveis. "A descida [do rating] da ESFG reflecte o aumento do risco de incumprimento da ESFG e as perdas significativas dos credores da ESFG em resultado dos muito recentes desenvolvimentos na ESFG e dos seus accionistas com problemas", explica a Moody’s referindo-se à Espírito Santo International (ESI) e à Rioforte.

 

O BES regressa assim às quedas, depois de ontem ter sido uma sessão positiva, com as acções a subirem 19,74%, a beneficiarem das declarações do governador do Banco de Portugal. Carlos Costa afirmou, em declarações à TVI, que "se algum capital adicional fosse necessário [no BES], por força de riscos que neste momento não estamos a ver, seguramente que há accionistas interessados em participar num aumento de capital do BES".

 

Estas declarações foram suficientes para acalmar os ânimos dos investidores, que no dia anterior tinham chegado a provocar uma queda superior a 20% das acções do banco para 35,5 cêntimos, o que corresponde ao valor mais baixo de sempre. E foram suficientes porque diminuíram os receios dos investidores em relação à entrada de capital do Estado no banco. Tal como o Negócios explicou ontem, os accionistas do BES perdem tudo se o Estado entrar no banco.

 

A manhã foi ainda marcada pela divulgação da lista de instituições financeiras onde o BES detém uma participação maioritaria ou onde o seu peso significativo na gestão. No total, são 14 instituições financeiras em que o BES detém uma posição maioritária ou com um peso significativo na sua gestão.

 

O BES continua assim a registar fortes quedas, acumulando desde o início do ano uma descida de 56,13%. O mesmo é dizer que perdeu mais de metade do seu valor neste período.

 

As principais preocupações dos investidores estão relacionadas com a situação financeira do Grupo Espírito Santo (GES) e o impacto dos problemas das empresas no BES. Os investidores aguardam pela divulgação do plano de reestruturação do GES para perceberem os problemas efectivos e as soluções encontradas. 

 

Esta é a primeira vez em cinco dias em que a proibição de "short selling", ou seja, vendas a descoberto não foi aplicada. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não voltou a proibir a aposta na queda do preço das acções esta quinta-feira, depois de ter vindo a renovar a proibição desde sexta-feira.

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