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Maria Luís Albuquerque: "Não fui perguntada, consultada ou ouvida" sobre escolha para BES

A ministra das Finanças rejeita qualquer papel na proposta de nova administração do BES. Só escolhe a da CGD, porque o Estado é accionista. A Moreira Rato deixa elogios. Mas diz que só soube que iria sair do IGCP quase ao mesmo tempo que o resto do país.

Bruno Simão/Negócios
17 de Julho de 2014 às 16:47
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A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, rejeitou ter tido qualquer papel na escolha da administração do Banco Espírito Santo, cujos nomes na liderança levantaram, nas últimas semanas, dúvidas da oposição.

 

"Não fui perguntada, consultada ou ouvida", asseverou a governante na audição parlamentar da comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública desta quinta-feira, 17 de Julho, convocada pelo Bloco de Esquerda para se debruçar sobre a situação no BES.

 

"A única administração relativamente à qual o Governo exerce essa decisão é a Caixa Geral de Depósitos e só apenas na sua qualidade de accionista. O Estado decide a administração da CGD porque é o accionista único", acrescentou a governante nas declarações aos deputados.

 

Maria Luís Albuquerque diz que "muito estranharia" se tivesse sido consultada sobre o tema. "Nem faria sentido que fosse". "Não tive qualquer influência nessa decisão dos convites que foram endereçados" para a liderança do BES, neste momento, presidido por Vítor Bento, ex-conselheiro de Estado, acompanhado por João Moreira Rato, anterior líder da agência que gere a dívida pública.

 

"Tive conhecimento [da escolha de Moreira Rato para administrador com o pelouro financeiro] sensivelmente ao mesmo tempo que a notícia estava a sair na comunicação social. Não tive qualquer conhecimento prévio", afirmou. Ainda assim, quis deixar uma "nota pública de apreço a Moreira Rato", que esteve à frente do IGCP nos últimos anos. "Foi efectivamente uma prestação à frente do IGCP que reconhecemos pela sua qualidade e pelo contributo que deu para o sucesso de regresso aos mercados", disse.

 

Para além de Moreira Rato e Vítor Bento na parte executiva do BES, o deputado social-democrata Paulo Mota Pinto foi escolhido pelos principais accionistas para presidente do conselho de administração do banco.

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