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Juros portugueses deslizam em todos os prazos no dia da chegada da troika

Os investidores estão a aliviar a pressão sobre a dívida nacional depois das fortes subidas da semana passada. A queda das taxas de juro associadas às obrigações portuguesas ocorre no dia em que a troika regressa a Portugal. Ainda assim, a "yield" das obrigações a 10 anos continua acima dos 7%.

16 de Setembro de 2013 às 15:50
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Os investidores estão a pedir rendibilidades mais baixas na negociação de títulos de dívida nacional, o que contraria as subidas expressivas que se verificaram na semana passada.

 

A taxa de juro implícita às obrigações portuguesas a dez anos cede 7,8 pontos base e está nos 7,3%. É a primeira queda em cinco sessões. A “yield” está ainda distante dos 6,7% com que iniciou o mês de Setembro, segundo as taxas genéricas disponibilizadas pelo terminal da Bloomberg.

 

As descidas acontecem em todas as maturidades sendo que a mais intensa ocorre no prazo a dois anos. A rendibilidade implícita desliza 14,1 pontos base para os 5,8%, depois de quase ter fechado nos 6% na semana passada.

 

As taxas de juro implícitas evoluem em sentido contrário ao do preço, o que quer dizer que o preço das obrigações nacionais está a subir, mostrando uma maior atractividade para os investidores. Isto depois das subidas expressivas da última semana, em que a dívida portuguesa esteve quase sempre sob pressão nos mercados, num momento de dúvida sobre as negociações para a flexibilização da meta do défice que Portugal tem de atingir no próximo ano. 

 

Esta quarta-feira, Portugal regressa aos mercados de dívida, com a emissão de dívida a três e 18 meses com o intuito de arrecadar entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros. No programa de financiamento para o segundo semestre, disponível no site do organismo que gere a dívida pública, estava assinalado que Portugal pretendia arrecadar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. O IGCP não esclarece a razão desta alteração.

 

A sessão de alívio no que diz respeito à dívida portuguesa desta segunda-feira ocorre no dia em que os elementos da troika (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) aterram em Lisboa para os trabalhos iniciais da oitava e nona avaliações. Nas próximas semanas, serão analisadas as medidas que Portugal teve (e tem) de cumprir no âmbito do resgate internacional para fechar estas avaliações, que serão feitas em conjunto.

 

O movimento de queda das “yields” portuguesas é semelhante ao que se verifica também nos mercados espanhol, italiano e também alemão.

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