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Portugal volta a emitir dívida na quarta-feira mas quer menos dinheiro do que o previsto

IGCP vai emitir uma linha de dívida a três meses e outra a 18 meses na próxima quarta-feira. Pretende alcançar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros. No programa de financiamento, a meta era de entre 1.250 e 1.500 milhões de euros.

13 de Setembro de 2013 às 11:43
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Portugal vai voltar a emitir dívida de curto prazo na próxima quarta-feira, 18 de Setembro. O leilão é um dos previstos no programa de financiamento definido para o segundo semestre deste ano. Contudo, o Estado reduziu o objectivo do que pretende arrecadar com a operação.

 

Numa nota enviada esta sexta-feira às redacções, o IGCP, Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, anuncia a realização de um leilão de duas linhas de Bilhetes do Tesouro (títulos de dívida com prazo máximo de 18 meses). Uma das linhas tem maturidade até 20 de Dezembro de 2013, três meses. A outra tem maturidade até 20 de Março de 2015, 18 meses, o que indica que se irá vencer já depois da data prevista para a saída da troika de Portugal. A emissão de títulos com estas maturidades estava já prevista.

 

O montante indicativo global a conseguir com a operação é, de acordo com a nota do IGCP, de entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros. No programa de financiamento para o segundo semestre, disponível no site do organismo que gere a dívida pública, estava assinalado que Portugal pretendia arrecadar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. Ainda não foi possível obter um esclarecimento relativo a esta alteração de objectivo de financiamento.


O organismo liderada por João Moreira Rato (na foto) salvaguarda sempre, no programa de financiamento, que podem existir alterações no objectivo a arrecadar. "Como sempre, o IGCP mantém-se flexível para introduzir ajustamentos a este programa, seja por desenvolvimentos do mercado seja pelas necessidades de financiamento da República ao longo do ano".

 

A última vez que o IGCP leiloou dívida nacional foi em Agosto, onde o objectivo a conseguir nos mercados era mais reduzido, com um máximo de 1.000 milhões de euros. Nesse dia, os custos para emitir dívida subiram no prazo a três meses mas desceram nos títulos com maturidade mais longa, a 12 meses.

 

Portugal continua a ir aos mercados de financiamento através de leilão de Bilhetes do Tesouro, os referidos títulos de dívida a curto prazo. Esta é uma realidade desde que o País se viu “obrigado” a pedir auxílio financeiro internacional para evitar a bancarrota, em Abril de 2011. Desde aí, a presença no mercado de dívida de longo prazo tem sido praticamente nula, à excepção de duas emissões que Portugal concretizou com a ajuda de vários bancos, as chamadas emissões sindicadas, com maturidades a cinco e dez anos.

 

Em Agosto, o "Diário Económico" noticiou que o IGCP estaria confiante em emitir dívida de longo prazo já no Outono, depois de se realizarem as próximas avaliações (oitava e nona) ao programa de ajustamento, que se iniciam na próxima semana.

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