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Índia corta juros para mínimos de cinco anos

O banco central da Índia cortou a taxa de juro de referência pela primeira vez em seis meses e mostrou abertura para um maior alívio da política monetária. Todavia, a margem de manobra do governador Raghuram Rajan não é grande.

Bloomberg
05 de Abril de 2016 às 09:23
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O governador do banco central indiano, Raghuram Rajan, cortou a taxa de juro de referência de 6,75% para 6,5%, informou a entidade através de comunicado esta terça-feira. Este é o valor mais baixo desde Março de 2011, escreve a Bloomberg, adiantando que a decisão era antecipada pela grande maioria (36 em 42) economistas consultados pela agência.

"A política monetária permanecerá acomodatícia", disse Rajan em comunicado. "O banco central vai continuar a observar os desenvolvimentos financeiros e macroeconómicos nos próximos meses com o propósito de responder no âmbito da política monetária se houver espaço para isso", disse.

Escreve a Bloomberg que Rajan teve espaço para aliviar a política monetária porque a pressão sobre os preços diminuiu e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, agiu em Fevereiro no sentido de diminuir o défice orçamental.

O esforço foi reconhecido por Rajan que elogiou a decisão do Governo de criar um comité de política monetária, de se manter fiel ao plano para reduzir o défice orçamental e de impulsionar a economia rural.

Considera o governador que a redução da taxa de juro de referência "vai ajudar a reforçar a actividade e impulsionar as iniciativas do Governo".

Estima o regulador que a inflação desacelere modestamente e se mantenha em torno dos 5% até Março de 2017, sendo que as monções, o preço do petróleo e o aumento dos salários da função pública podem vir a pressionar os preços.

Por outro lado, a aliviar os riscos sobre a inflação está a tépida procura global, a gestão eficaz dos recursos alimentares e a consolidação orçamental.

Rajan já cortou as taxas de juro cinco vezes desde Janeiro de 2015 e, escreve a Bloomberg, a sua margem para um maior alívio da política monetária é limitada, sobretudo face ao risco de um terceiro ano consecutivo com precipitação abaixo da média, o que prejudica a agricultura.

A maioria dos economistas consultados pela agência prevêem uma redução da taxa de juro de referência para os 6,25% no trimestre de Outubro a Dezembro e, depois, uma manutenção prolongada até Setembro de 2017.

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