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Economia indiana cresce acima das expectativas enquanto Modi prepara novo orçamento

Índia supera China e antevê um crescimento de 7,6% para o ano terminado em Março, acima das estimativas dos analistas da Bloomberg. Sustentar este ritmo de crescimento é um dos grandes desafios de Narendra Modi, que apresenta o orçamento para o próximo ano no final de Fevereiro.

Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, que comanda os destinos de mais de 1,2 mil milhões de pessoas, ocupa a nona posição do ranking.
Bloomberg
08 de Fevereiro de 2016 às 19:11
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As autoridades indianas prevêem que o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumente 7,6% no ano terminado em Março, acima dos 7,2% do ano passado, informou esta segunda-feira em comunicado do Ministério de Estatística do país. Um crescimento de 7,6% supera as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que antecipavam um avanço de 7,4%.

A Índia supera assim o ritmo de crescimento da China, cuja economia avançou 6,9% em 2015, e contraria a tendência negativa da Rússia e do Brasil. A economia do país liderado por Vladimir Putin recuou 3,7%, enquanto o Brasil estima uma contracção de 3,7%.

Entre Outubro e Dezembro, a economia indiana avançou 7,3%, abaixo dos 7,4% do trimestre anterior, recorda a Bloomberg.

As perspectivas de crescimento anuais foram divulgadas numa altura em que o primeiro-ministro Narendra Modi se prepara para apresentar o orçamento para o próximo ano, a 29 de Fevereiro.

O maior desafio de Modi será compatibilizar a vontade de aumentar a despesa numa economia que mostra alguns sinais de força, e a necessidade de reduzir as custos para atingir os objectivos de défice e conseguir reduções das taxas de juro por parte dos bancos centrais, escreve a Bloomberg, acrescentando que as bolsas indianas, as obrigações e a moeda viveram o pior mês de Janeiro este ano desde 2011, penalizadas pelos receios de uma derrapagem orçamental do país.

Historicamente, os gastos orçamentais na Índia são por norma acompanhados por um maior crescimento, mas também de um avanço na inflação, escreve a Bloomberg, acrescentando que este cenário colocaria em causa o objectivo de Raghuram Rajan, governador do banco central indiano, de uma taxa 5% em Março de 2017. Isto iria provavelmente compelir o responsável a manter as taxas de juro inalteradas este ano, depois de quatro cortes em 2015, escreve a agência.

Os analistas consultados pela Bloomberg prevêem que Modi consiga atingir o objectivo de 3,9% de défice no ano fiscal corrente, mas antecipam um défice de 3,6% no próximo ano, em vez dos 3,5% projectados.

Entretanto, o Parlamento tem impedido Modi de avançar com medidas fundamentais, como um imposto sobre serviços e bens, denominado GST. "O GST será crucial para o crescimento no médio-prazo", considera Shubhada Rao, economista do Yes Bank, em Mumbai.

O valor acrescentando bruto – monitorizado atentamente pelo banco central como indicador de força económica - aumentou 7,1% entre Outubro e Dezembro, em linha com a estimativa média, depois de avançar 7,4% no trimestre anterior, escreve a Bloomberg.

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