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Índia contraria EUA e sobe juros pela primeira vez desde 2011

Os economistas antecipavam que o banco central indiano mantivesse a taxa de recompra de obrigações. O novo líder surpreendeu e aumentou-a. Mas flexibilizou os limites à liquidez no sistema financeiro.

Bloomberg
20 de Setembro de 2013 às 07:33
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A Índia contrariou o sentimento que se vive nas maiores economias do mundo, onde os juros permanecem em níveis mínimos, e decidiu aumentar a taxa de juro do país.

 

O banco central do país asiático, que é agora dirigido por Raghuram Rajan (na foto), decidiu subir a taxa “repo” de 7,25% para 7,5%, quando as expectativas eram as de que a mantivesse inalterada.

 

Este é o primeiro aumento da taxa de recompra de obrigações da Índia desde 2011, de acordo com a Bloomberg. É a forma encontrada pelo país para controlar a inflação.

 

Além desta decisão, o banco central indiano optou por relaxar alguns limites à liquidez no sistema bancário. Neste caso, o objectivo foi estancar a valorização da rupia.

 

Segundo explica a agência de informação, as opções monetárias de Rajan justificaram-se devido à decisão da Reserva Federal norte-americana de manter intactos os programas de estímulos à economia, quando os economistas estimavam que os limites máximos começassem a ser reduzidos.

 

Essa decisão acabou por levar os investidores a afastarem-se de activos considerados mais seguros, como o dólar, e procurarem outros mais arriscados, como será o caso da rupia indiana.

 

“O adiamento da Fed em colocar um limite [nos estímulos monetários] e os recentes ganhos na rupia estenderam a passadeira para que o banco central relaxasse este aperto de liquidez. Já a subida da taxa de recompra reflecte a vulnerabilidade existente face ao elevado défice da conta corrente e à ainda elevada inflação da Índia”, comentou à Bloomberg Radhika Rao, economista do DBS.

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