A Reserva Federal (Fed) dos EUA manteve a sua perspectiva de uma possível subida da taxa de juro directora em 2015. Para os membros da instituição liderada por Janet Yellen, a actividade económica e o mercado laboral evoluíram positivamente.

"A actividade económica tem-se expandido moderadamente" e o "ritmo de criação de emprego acelerou", desde a última reunião, em Abril, diz o Comité Federal do Mercado Aberto [FOMC, na sigla original], na sua declaração após a reunião. 

A instituição mantém que irá subir as taxas de juro apenas quando registar mais melhorias nos indicadores económicos, com destaque para o mercado laboral e a inflação. Para subir a taxa, pela primeira vez desde 2006, terá que estar "suficientemente confiante" que a inflação irá regressar ao objectivo de 2%, a meio prazo.

"O comité continua a considerar que a primeira subida na taxa de juro será apropriada quando observar mais melhorias no mercado laboral e estiver razoavelmente confiante de que a inflação irá voltar ao objectivo de 2%, no médio prazo", reforçou Janet Yellen, na conferência de imprensa, após a reunião. 

Previsões antecipam subida para 0,625% este ano

De acordo com as previsões médias dos membros do FOMC, a subida dar-se-á ainda em 2015, provavelmente no final do ano. A previsão média é de uma subida para 0,625%,o que implica duas alterações na taxa ainda este ano, caso sejam alterações de 0,25 pontos – a alteração usual, nota a Bloomberg. A taxa encontra-se actualmente entre 0% e 0,25%.

Com esta previsão – que é a mesma da última reunião – a Fed tem ainda quatro reuniões agendadas este ano para rever a taxa. A maioria dos analistas consultados pela Bloomberg, antes da reunião, prevê uma subida da taxa de juro em Setembro. 

Relativamente às previsões para a economia, a estimativa para a taxa de inflação manteve-se inalterada. A instituição prevê um aumento entre 0,6 e 0,8% este ano. A taxa de desemprego deverá situar-se entre os 5,2 e 5,3%, estimam os membros. 

(notícia actualizada às 20h10 com mais informação)